Um grupo de cientistas da China alcançou um notável avanço na pesquisa científica ao criar açúcar a partir de dióxido de carbono (CO2) em um ambiente de laboratório.
Essa conquista representa um marco fundamental no campo da síntese artificial de açúcar e oferece novas perspectivas para a produção desse componente essencial.
O processo inovador, que demandou mais de dois anos de intensa dedicação e pesquisa, foi liderado por especialistas do Instituto de Biotecnologia Industrial da Academia Chinesa de Ciências, localizado em Tianjin, em colaboração com cientistas do Instituto de Físico-Química de Dalian.
Os resultados promissores dessa investigação foram divulgados na semana passada através de um artigo publicado no “Chinese Science Bulletin”, uma respeitada revista acadêmica que abrange diversas áreas da ciência.
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Estudos sobre a síntese artificial de açúcar tem sido cada vez mais frequentes. No caso dessa pesquisa pioneira, com o auxílio de catalisadores químicos e enzimáticos, os cientistas conseguiram produzir quatro variantes distintas de açúcares: glicose, alulose, tagatose e manose a partir do ajuste da concentração de dióxido de carbono e outras matérias-primas em soluções reativas.
Segundo o pesquisador Yang Jiangang, que liderou o estudo, a taxa de conversão de dióxido de carbono em açúcar, no que tange à glicose, atingiu um nível de destaque, chegando a 59,8 nanomoles de carbono por miligrama de catalisador por minuto.
“Essa realização não somente constitui um marco significativo na produção de açúcar artificial mas também evidencia a capacidade de realizar um controle preciso sobre a síntese de açúcar artificial, abrindo portas para a produção de praticamente qualquer variante de açúcar mediante a modulação dos efeitos catalíticos de diferentes enzimas”, disse.
