A previsão de chuvas ocasionais e localizadas pode resultar em uma safra 2015/16 mais produtiva. A avaliação é de Luiz Carlos Corrêa Carvalho, diretor da consultoria Canaplan, em projeção sobre o ciclo recém-iniciado na região Centro-Sul do país.
A Canaplan avalia o ciclo 15/16 em três situações: seco, base e úmido. Se a estiagem predominar, a safra terá oferta de 76 milhões de toneladas de Açúcares Totais, serão disponibilizadas 544,1 milhões de toneladas de matéria-prima, a produtividade agroindustrial ficará em 9,6 toneladas de ATR/hectare em uma área colhida de 7,92 milhões de hectares.
Caso a seca predomine, o açúcar deverá corresponder a 41,5% do mix da moagem, assim o etanol ficará com 58,5%, e a produção do alimento chegará a 30,1 milhões de toneladas VHP equivalentes, e o rendimento resultará em 54,2 kg por t de cana.
Já com clima seco, a produção de etanol, conforme a Canaplan, alcançará 26 bilhões de litros no Centro-Sul, sendo 12,6 bilhões de litros de anidro e 13,4 bilhões de litros de hidratado. O rendimento total será de 46,9 litros de etanol por tonelada de cana.
Base
Na condição básica, sem exageros de estiagem ou de incidência pluviométrica, as previsões da Canaplan avançam sobre a condição de seca.
No modelo básico, a safra terá oferta de 77 milhões de toneladas de Açúcares Totais, serão disponibilizadas 566 milhões de toneladas de matéria-prima, a produtividade agroindustrial ficará em 9,7 toneladas de ATR/hectare em uma área colhida de 7,92 milhões de hectares.
Nessa situação, o açúcar deverá corresponder a 42% do mix da moagem, assim o etanol ficará com 58%, e a produção do alimento chegará a 30,8 milhões de toneladas VHP equivalentes, e o rendimento resultará em 54,4 kg por t de cana.
Já com o clima básico, a produção de etanol, conforme a Canaplan, alcançará 26,1 bilhões de litros no Centro-Sul, sendo 12,7 bilhões de litros de anidro e 13,4 bilhões de litros de hidratado. O rendimento total será de 46,1 litros de etanol por tonelada de cana.
Úmido
Já na condição úmida, com maior incidência pluviométrica, as previsões da Canaplan são mais vantajosas para o ciclo 15/16.
No modelo úmido, a safra terá oferta de 77,5 milhões de toneladas de Açúcares Totais, serão disponibilizadas 577,9 milhões de toneladas de matéria-prima, a produtividade agroindustrial ficará em 9,8 toneladas de ATR/hectare em uma área colhida de 7,92 milhões de hectares.
Nessa situação, o açúcar deverá corresponder a 42,5% do mix da moagem, assim o etanol ficará com 57,5%, e a produção do alimento chegará a 31,4 milhões de toneladas VHP equivalentes, e o rendimento resultará em 54,3 kg por t de cana.
Já com o clima básico, a produção de etanol, conforme a Canaplan, alcançará 26 bilhões de litros no Centro-Sul, sendo 12,7 bilhões de litros de anidro e 13,3 bilhões de litros de hidratado. O rendimento total será de 45,1 litros de etanol por tonelada de cana.
Desafios
Diante as projeções do ciclo 15/16, são estimados como desafios para o setor sucroenergético o desafio do equacionamento de competitividade. Ou seja, diante o cenário de E27, recém-implantado com a adição de 27% de anidro, será preciso equacionar o custo de produção e a produtividade, bem como buscar política pública para o setor.
Outro desafio será o de buscar a retomada de investimentos em novas unidades industriais.
Já o terceiro desafio será o desenvolvimento comercial do etanol celulósico.