O segundo maior importador de açúcar do mundo está interessado em aumentar a produção interna da commodity. Preocupada com a demanda doméstica crescente e a baixa tecnologia da atividade canavieira no país, a China vê na irrigação uma possibilidade de conciliar desenvolvimento e produtividade.
Guangxi, região chinesa com expressiva tradição canavieira, possui apenas 6% de seus canaviais com algum manejo de irrigação.
Segundo relatório elaborado pela National Development and Reform Commission (NDRC), a região precisa elevar este número para 36%, o que possibilitaria a produção de até 75 toneladas por hectare.
O atual cenário da setor é desanimador para fornecedores, que preferem realizar a transição para outras culturas a enfrentar as dificuldades produtivas da cana-de-açúcar.
Segundo estimativas, a demanda doméstica chinesa pelo açúcar deve alcançar 18 milhões de toneladas em 2020, com possível deficit produtivo de 3 milhões de toneladas.
Por esta razão a NDRC adotou como meta implantar a irrigação em 39% dos canaviais das regiões de Guangxi e Yunnan, atualmente estas regiões somam apenas 9%.