Usinas

CFO da BP Bunge defende metas ambiciosas para o setor

Isso inclui dobrar a produtividade do canavial na próxima década

CFO da BP Bunge defende metas ambiciosas para o setor

“Produzimos produtos que são essenciais, o mundo precisa do que a gente faz. As oportunidades que estão na nossa frente não são pequenas. Temos que trabalhar nas pequenas coisas, mas o que está diante de nós é transformacional. Não tem limites de demanda do que podemos produzir. Não podemos pensar apenas em produtividade, mas sim transformar isso aqui numa casa de força global, para que o mundo precisa: energia limpa, confiável e comida para a população”.

Com essa provocação, o CFO da BP Bunge, Marcus Miranda Schlösser, iniciou sua participação no “II Encontro Técnico: Produtividade – A essência Para Competir” que teve início nesta quinta-feira (27), no Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), em Piracicaba – SP.

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Para Schlösser as oportunidades, vêm de mãos dadas com um risco gigantesco. “Nós temos concorrência, porque o resto do mundo certamente vai evoluir. A energia solar andou. E outras fontes deverão ser desenvolvidas. Exemplo: etanol de milho nos EUA. A competição não está só entre usinas. Estamos disputando área, vejam por exemplo a soja”, disse, no evento promovido pela Canaplan e CTC.

O CFO da BP Bunge defende a busca de soluções que sejam escaláveis. “Precisa ter volume, competitividade em termos de custo, e uma pegada de carbono cada vez menor. A cadeia inteira depende de um canavial produtivo, e é aqui que não podemos ter uma década estagnada como vimos anteriormente. Temos que dobrar a produtividade do canavial na próxima década.  Não tem outra saída. Temos que buscar o dobro do que temos hoje”, afirmou.

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Marcus Schlösser, CFO da BP Bunge

Schlösser enfatizou que a bioenergia produzida a partir da cana-de-açúcar tem uma função essencial na descarbonização da matriz energética e de transportes, e citou o caso do RenovaBio, salientando como o programa tem se mostrado apto a efetuar seu objetivo de incentivar o investimento em capacidade produtiva, no sentido de atender uma demanda cada vez maior de transição da matriz energética veicular dos combustíveis fósseis para combustíveis renováveis.

“A BP Bunge está empenhada em reduzir consistentemente sua pegada de carbono na produção de etanol, com o objetivo de aumentar a oferta de Créditos de Descarbonização (CBios) no mercado. Para atingir esse objetivo, a empresa vem implementando uma série de projetos que visam adotar as melhores práticas agrícolas, utilizar fertilizantes biológicos e sustentáveis, reduzir o consumo de diesel nas operações no campo e explorar tecnologias que possam, inclusive, substituir o uso de diesel. Essas iniciativas têm como objetivo impulsionar a sustentabilidade ambiental e promover a transição para fontes de energia mais limpas e renováveis no setor”, disse.