Com uma moagem de 7,1 milhões de toneladas de cana equivalente, sendo 68% representado pela cana e 32% pelo milho, a CerradinhoBio apresenta evolução, em comparação ao 3T21/22.
Segundo o relatório de divulgação de resultados da companhia, “neste trimestre, a moagem de cana apresentou uma forte recuperação, registrando um crescimento de 52% em comparação ao 3T21/22. Já a moagem de milho, apresentou um recuo de 9% em relação ao mesmo período anterior”.
De acordo com o documento, diferentemente do observado ao longo dos primeiros 6 meses da safra, onde o volume de moagem foi afetado pelo aumento das chuvas, o 3T22/23 houve um forte incremento na moagem de cana, com um crescimento de 52% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Dessa forma, a moagem na planta de cana ficou 1% superior na comparação dos nove meses, recuperando em parte o menor volume experimentado ao longo dos últimos seis meses.
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O relatório aponta que para o ATR, no terceiro trimestre houve uma melhora de 6,8% entre as duas safras (de 130,3kg/t para 139,2kg/t). No acumulado, tiveram uma melhora de 4,9% (127,8kg/t para 134,1kg/t).
No indicador de TCH da cana própria, a melhora trimestral foi de 74,9 para 79,8 toneladas, são 6,5% de aumento, no acumulado subiu de 82,1 para 86,7 toneladas, 5,6% de aumento. Já o ATR kg/ha cresceu 10,8%, passando de 10.493 para 11.623.
A produção de etanol do terceiro trimestre da safra 2022/23 apresentou forte incremento em relação ao mesmo período da safra anterior, atingindo uma produção de 159 mil m3 o que representou um aumento de 33%.
A partir da cana-de-açúcar, foram produzidos 98 mil m3 de etanol no terceiro trimestre,88,5% a mais que na safra anterior, refletindo o forte incremento da moagem de cana e a melhora na produtividade agrícola. No acumulado houve uma produção 3% maior, sendo produzido 412 mil m3 enquanto na safra 2021/22 foi produzido 399 mil m3.
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Segundo o relatório, o lucro líquido consolidado da companhia totalizou R$ 288 milhões, 34,6% menor que os R$ 440 milhões registrados no mesmo período da safra anterior, com margem líquida de 15%, decorrente em grande parte da piora do resultado financeiro e pelo preço do etanol e de coprodutos levemente menores.
Totalizando R$ 573 milhões no terceiro trimestre, a receita líquida da companhia recuou 25,4% em comparação com o mesmo período da safra 2021/22. A principal razão para a redução da receita líquida é decorrente de preços menores praticados no etanol ao longo do 3T22/23, com a participação na receita consolidada recuando 8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Já o acumulado da safra 2022/23 a receita atingiu R$ 2 bilhões, isso representa um aumento de 6,9% em relação à safra anterior, destacando-se a maior participação da receita oriunda do milho, tanto para o etanol como os coprodutos.
Este crescimento vem apoiado pela conclusão, conforme prazo e budget, da expansão da Neomille, em Goiás. A subsidiária de produção de etanol à base de milho teve a produção ampliada para 860 mil toneladas e aguarda apenas a autorização final da ANP para início da operação comercial.
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No total, a planta vai aumentar a capacidade de moagem, chegando a atingir 4,5 milhões de toneladas de cana equivalente. Além disso, destaque para o avanço no Projeto Greenfield, em Maracaju, no MS, que está com 37% de sua implantação executada.
O relatório aponta ainda que nos nove meses da safra 2022/23 foram escriturados 472,9 mil CBios, sendo que em 31 de dezembro de 2022 a companhia possuía estoque de 338,1 mil CBios emitidos e não comercializados.
Durante os nove meses, foram comercializados de maneira consolidada (CerradinhoBio e Neomille) 277 mil CBios, volume 34% inferior ao mesmo período da safra anterior.
“Avançamos na implantação da nossa Agenda ESG, merecendo destaque a melhoria do fator de emissão de CBios da nossa operação de cana que cresceu 8,5% atingindo 1,41 CBios/m3 de etanol na recertificação do RenovaBio”, ressalta a empresa.
“Mesmo com cenário adverso, mantivemos os investimentos em expansão de capacidade, com a entrega da ampliação da planta da Neomille em Goiás e a nova planta em Maracaju, cuja conclusão da 1ª fase está prevista para outubro deste ano”, concluiu o presidente da CerradinhoBio, Paulo Motta.