O céu ainda não é de brigadeiro, mas a tempestade perfeita enfrentada pelo setor sucroenergético nos últimos tempos, parece estar ficando para trás. O clima vem se mostrando mais estável baseado na valorização do etanol, em meio a flexibilização das normas adotadas para conter a transmissão da COVID-19.
De acordo com o Cepea, o etanol teve sexta alta consecutiva para o hidratado, nas últimas semanas e as vendas no mercado doméstico atingiram 2,04 bilhões de litros em maio. O volume é 29,43% menor que o comercializa- do em igual período de 2019, mas a redução é mais baixa que a registrada em abril, que foi de 38,37%, com 1,10 bilhão de litros ante 1,78 bilhão de litros vendido no mesmo período em 2019.
“Foram criados cenários de guerra bastante difíceis, com indicações de quedas de demanda da ordem de 70%, mas não foi nessa magnitude e hoje estamos comemorando uma queda de 35%, com uma tendência desse percentual se reduzir ao longo do ano”, afirmou Tarcilo Rodrigues, diretor da Bioagência, acrescentando que, apesar das incertezas que ainda pairam sobre o setor diante da incógnita dos futuros impactos da pandemia, o mercado sinaliza recuperação da demanda.
“Acho que o pior já passou e a realidade deverá voltar de forma gradativa”, disse. Para Rodrigues as boas-novas que deveriam ter acontecido em 2020 foram adiadas para o ano que vem. “2021 vai ser um game interessante. Boa parte das usinas já tem o seu açúcar fixado em torno de R$ 1500 a tonelada o que eleva a régua. Com isso vamos criar uma competição no mercado, com demanda de etanol retornado, o RenovaBio e o consumo mais orientado à bioenergia”, disse.
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