Representada por seu presidente, Fernando dos Reis Filho, e pelo gestor da Associação, Almir Torcato, a Canaoeste marcou presença no 32º Seminário da Organização Internacional do Açúcar (ISO), em Londres, na Inglaterra.
A “Organização Internacional do Açúcar (ISO) é formada por 87 países produtores, processadores, distribuidores e consumidores, proporcionando um fórum de diálogo e cooperação com a finalidade de abordar questões-chaves, compartilhar boas práticas e promover a sustentabilidade e a prosperidade da indústria do açúcar.
Com o tema “Energia, Preços, Geopolítica e Regulações Complexas: Oportunidades para Inovação”, a conferência reuniu, nos dias 21 e 22 de novembro, lideranças mundiais do setor sucroenergético para discutir os desafios do mercado internacional do alimento e tendências do setor no contexto global.
LEIA MAIS > Lideranças destacam desenvolvimento e justiça social no MasterCana Nordeste
Segundo relatório da ISO, o Brasil responde por 50% das exportações globais do produto. O papel de destaque do nosso país no setor sucroenergético foi abordado em painéis, que trataram, dentre diversos outros assuntos, da evolução e perspectivas de produção e mercado de açúcar e etanol, energia verde, políticas públicas, defesa fitossanitária e ações de mitigação das mudanças climáticas.
Pedro Robério Nogueira, presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool do Estado de Alagoas (Sindaçúcar-AL) e vice-presidente do COAGRO da Confederação Nacional da Indústria do Brasil (CNI), presidiu o evento oficialmente.
LEIA MAIS > Czarnikow estima um pequeno excedente de produção de açúcar em 2023/24
“É importante ver o grande número de instituições brasileiras nesta conferência, o que só confirma a importância do nosso setor no mercado internacional” destacou o presidente da Canaoeste, Fernando Reis Filho.
Para o gestor Almir Torcato, essa troca de experiências no contexto internacional “contribui para que a Associação possa planejar de forma mais assertiva o trabalho que já vem desenvolvendo, não apenas na busca de certificações, como também no planejamento de novos projetos”, afirmou.
De acordo com Torcato, o painel internacional que deu muita atenção ao Brasil, com discussões econômicas, trouxe à tona, os processos envolvendo sustentabilidade em toda a cadeia sucroenergética, incluindo a produção da cana-de-açúcar, proporcionando oportunidade para o debate sobre a divisão justa e regulada formalmente no momento da remuneração. Isto em relação à revisão do Consecana e dos Créditos de Descarbonização (CBIOs), do RenovaBio.
LEIA MAIS > Diana Bioenergia celebra colaboradores com mais de 30 anos de casa e revela nova identidade visual
“Na ocasião, tratamos de assuntos importantes sobre os CBIOs, lembrando que Canaoeste, na safra 2024/25, será a primeira temporada com crédito de cana certificada Bonsucro. A nossa participação foi importante também para alinharmos estratégias de negociação e de nos aproximarmos de possíveis compradores de crédito”, disse.
A comitiva brasileira visitou também uma fazenda de plantação de beterraba, matéria-prima para a fabricação de açúcar, onde puderam conhecer os custos e a eficiência de produção, comparado as demandas, inclusive sobre modelo de pagamento sobre prestação de serviço ambiental que se tem hoje funcionamento por lá, bem diferente da do Brasil, onde se mantém 20% de reserva e não há pagamento sobre essa ação de preservação.
LEIA MAIS > Espírito Santo passará a usar somente biocombustíveis em sua frota governamental
“Notamos tendências positivas nos preços do açúcar, favorecendo a precificação de ATR nos próximos dois anos. Safras de preços bons, frente ao que foi apresentado em relação à produção dos outros países, que devem resultar em um possível déficit no estoque mundial de açúcar”, explicou.
Questões ambientais e regulatórias sobre o uso de defensivos agrícolas foram amplamente discutidas, na ocasião.
“Foi importante para atualização, negócios e relacionamento com parceiros, especialmente considerando a certificação que estamos prestes a obter”, concluiu Torcato.
LEIA MAIS > Brasil está entre as economias mais atrativas para investimentos em energia limpa, aponta BNEF