A cana-de-açúcar afetada pela geada do fim de semana passado precisa ser colhida em um prazo que pode ir até sete dias. “A cana seriamente prejudicada não pode ficar mais de uma semana sem ser cortada”, afirma o agrometeorologista Marco Antonio dos Santos, da Somar Meteorologia.
A geada do fim de semana afetou principalmente os canaviais dos estados do Mato Grosso do Sul e do Paraná, segundo a empresa de meteorologia.
Leia também: Chuvas fazem açúcar subir 4,08% no interior paulista
Estimativa do agrometeorologista revela que 2% da cana desses dois estados deve ter sido afetada pela geada.
Levantamento do Portal JornalCana prevê que os 2% somam 180 mil toneladas de cana.
A cana vitimizada pela geada precisa ser cortada em até uma semana, porque pode ocorrer a morte da gema apical e das gemas laterais superiores da matéria-prima do etanol. Conforme apurado, se isso ocorrer, as partes afetadas adquirem primeiro uma aparência aquosa que em pouco tempo tornam-se focos de infecções por fungos e bactérias.
Para checar a intensidade do dano à cana, entretanto, é preciso investigar, procedimento que gera custo extra para as companhias sucroenergéticas.
Leia também: Maior parte das áreas de cana escapa da geada