Hoje a medição considera apenas o gás que sai do escapamento. Com a mudança, entrará na conta também a emissão de CO2 na produção do combustível e seu transporte e, no caso do carro elétrico, a geração da energia.
A decisão será uma das principais novidades da segunda fase do programa automotivo Rota 2030, que a equipe do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio espera concluir até junho, segundo Margarete Gandini, diretora do departamento de indústria de alta e média complexidade tecnológica.
O novo cálculo dará vantagem ao etanol em duas frentes: além de esse combustível emitir menos gás causador do efeito estufa que a gasolina, o CO2 que está na atmosfera é absorvido no processo do crescimento da cana-de-açúcar.
Além disso, com a nova metodologia, o Brasil tende a ganhar mais destaque na discussão sobre descarbonização ao adotar visão mais ampla da eficiência energética no transporte.
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“A nova meta de eficiência energética vai abranger do poço à roda”, diz Gandini, referindo-se a uma expressão usada pela indústria para definir o cálculo. A vigente é chamada de medição “do tanque à roda”.
A mudança no cálculo de emissões que favorece o etanol tem sido aguardada pelo lado dos fabricantes de automóveis que defendem o desenvolvimento e a produção de carros híbridos movidos com o derivado da cana.