Gerar um megawatt-hora (MWh) pela biomassa custa médios R$ 189,78 em caso de expansão de oferta de energia elétrica. Esse custo coloca a biomassa, também de cana-de-açúcar, no terceiro lugar de ‘ranking’ de custos de expansão recém-divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
O estudo compara a estimativa de custo de expansão de seis fontes, de 2016 a 2025.
Conforme o levantamento, o custo da eólica deve ficar em R$ 155,98/MWh, 46% inferior ao da energia solar, a mais cara dentre as fontes analisadas.
O estudo considerou a estimativa de aumento da oferta de energia e do custo médio de expansão. Foram levados em conta apenas os empreendimentos que estarão devidamente conectados às linhas de transmissão, independentemente de sua capacidade de geração.
A fonte já chegou a ser comercializada por R$ 87,50/MWh, no 15º Leilão de Energia Nova, em 2012.
O preço da energia eólica é influenciado, principalmente, pela taxa de câmbio, pois a maior parte dos equipamentos que compõem os parques de geração é importada. Outros fatores relevantes são a taxa de juros e a disponibilidade de financiamento do BNDES.
Hidrelétrica fica para trás
A energia hidrelétrica, que conservou por décadas o título de fonte mais barata do Brasil, tem sido influenciada pelas crescentes exigências para mitigar impactos sociais e ambientais. Além disso, os locais de instalação dos empreendimentos estão cada vez mais distantes dos pontos de consumo, o que demanda mais investimento em redes de transmissão, aumentando o custo final do insumo. No período analisado, o custo de expansão da fonte deve ficar em R$ 185,24/MWh, 19% mais caro do que a eólica.