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Bioestimulantes com tecnologia ítalo-japonesa fomentam produtividade e qualidade da cana

Confira artigo de Fabiano Rosa Meyer

Bioestimulantes com tecnologia ítalo-japonesa fomentam produtividade e qualidade da cana

Análises e estudos realizados, recentemente, na fronteira agrícola da cana-de-açúcar brasileira, apontam que insumos bioestimulantes produzidos pela Sipcam Nichino Brasil entregam resultados robustos à produtividade da cultura. Uma companhia criada em 1979, a Sipcam Nichino resulta da união entre a italiana Sipcam Oxon, fundada em 1946, especialista em agroquímicos pós-patentes e a japonesa Nihon Nohyaku (Nichino).

A Nichino tornou-se a primeira companhia de agroquímicos do Japão, em 1928, e desde sua chegada ao mercado atua centrada na inovação e no desenvolvimento de novas moléculas para proteção de cultivos.

Importante lembrar ao leitor do JornalCana, para contextualizar nossa análise a seguir, que o potencial produtivo de cultivos com relevância econômica ao país, como a cana-de-açúcar, tem sido comprometido ano após ano, em virtude de condições ambientais adversas.

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O déficit hídrico, por exemplo, transfere perdas potenciais de produtividade da ordem de 70% a 75% às áreas de cana-de-açúcar, pois ocasiona a deficiência nutricional de plantas. A boa notícia para a cadeia produtiva é que a tecnologia de ponta dos bioestimulantes segue em evolução e permite ao produtor, nos dias de hoje, minimizar danos, colher mais e assegurar uma boa relação custo-benefício frente aos investimentos realizados na safra. Incorporados ao manejo do produtor, bioestimulantes tornam os processos fisiológicos mais eficientes no ciclo do canavial.

A Sipcam Nichino trouxe ao Brasil os bioestimulantes de marca Blackjak® e Abyss®. Blackjak® embute uma tecnologia de última geração. O produto é 100% natural, composto por ácidos húmicos, fúlvicos e minerais e é altamente eficiente, mesmo sendo aplicado a baixas doses. Quando utilizado diretamente no sulco da cana-de-açúcar, mostram estudos, Blackjak® amplia a retenção de nutrientes, eleva a disponibilidade de fósforo, aumenta o sistema radicular e a retenção de água. A ação deste bioestimulante ativa ainda os chamados ‘promotores da síntese de auxina’ e permeia o desenvolvimento de microrganismos. (Ver figura 1)

Figura 1

Já o bioestimulante Abyss® tem entre seus diferenciais a composição à base de um extrato puro de algas marinhas, acrescido de micronutrientes como ferro, manganês, boro e zinco. Conforme pesquisas a campo da Sipcam Nichino, aplicado na etapa de plantio da cana-de-açúcar Abyss® interfere rapidamente no aumento do sistema radicular e proporciona uniformidade na emergência da planta. Na fase de perfilhamento da cultura, o produto promove aumento da parte aérea e da eficiência fotossintética da cana, um efeito que favorece o surgimento de plantas mais resistentes a adversidades ambientais, durante todo o ciclo reprodutivo da cultura. (Ver figura 2)

Figura 2

Matéria-prima e indústria – Os estudos a campo da Sipcam Nichino Brasil avaliaram ainda a aplicação integrada dos bioestimulantes Blackjak® e Abyss®. Nesta etapa da análise, pesquisadores constataram que o uso combinado das duas soluções amplia significativamente o potencial de desenvolvimento do sistema radicular da cana. A inserção de ambos produtos ao manejo do canavial resultou em ganhos como maior volume de solo explorado, elevada absorção de nutrientes pelas plantas e obtenção de plantas mais eficientes sob o aspecto fotossintético.

Blackjak® e Abyss®, conforme atestam os dados das pesquisas realizadas pela empresa, fortalecem o potencial produtivo da cana-de-açúcar e entregam ao produtor ganhos relevantes em ATR e TCH. Os resultados desses estudos, em resumo, posicionam os bioestimulantes da Sipcam Nichino entre os insumos estratégicos para a competitividade do setor sucroenergético. Blackjak® e Abyss® agregam valor ao manejo da cana-de-açúcar: da melhora da qualidade da matéria-prima colhida até o maior rendimento industrial da produção de açúcar, etanol e energia. (Ver figura 3)

Figura – 3. Imagem da esquerda, sistema radicular de plantas de cana-de-açúcar que não receberam os bioestimulantes no sulco e imagem da direita, sistema radicular de plantas de cana-de-açúcar que receberam o bioestimulante Blackjak®.

*Fabiano Rosa Meyer é engenheiro agrônomo da Sipcam Nichino Brasil e membro da equipe técnica de cana-de-açúcar da companhia de origem ítalo-japonesa.