Bernardo Gradin, presidente da GranBio, em visita à cidade de Turim, Itália, em razão da inauguração da primeira planta de etanol celulósico, que se realizou na manhã desta quarta-feira dia 8, na cidade de Crescentino, disse que espera que esta primeira planta de etanol celulósico desperte a necessidade do desenvolvimento desta tecnologia e legislação adequada para etanol de segunda geração no Brasil.
“O Brasil ainda está caminhando quando o assunto é legislação para etanol de segunda geração. A própria regulação do setor ainda está em construção, mas acredito que a visão que os formuladores de política pública, que os legisladores vão compartilhar, é que o Brasil tem uma oportunidade única de liderar um setor estratégico, que é o de energia. Com a sobra de resíduo agrícola que o Brasil tem, somente no setor sucroalcooleiro, daria para construir em termos energéticos duas Itaipús”, afirma.
Gradin que no mês de outubro ainda participará de uma conferência de açúcar e etanol em São Paulo, adiantou que o país precisa de modelos regulatórios referentes a vários aspectos do setor industrial.
“Quero discutir sobre competitividade da indústria no Brasil e sobre a necessidade de um modelo regulatório em bioeconomia que acelere alguns processos de aprovação não apenas para direito proprietário intelectual mas também para aprovação de organismos geneticamente modificados e programas de estruturação de capital, para uma indústria que o Brasil pode liderar que é a indústria de etanol de segunda geração” disse.