A Brasil Biofuels (BBF) inaugurou a primeira fase de sua usina híbrida de energia localizada em São João da Baliza, no Estado de Roraima.
A usina tem capacidade instalada de 17,9 MW, dividida em duas unidades geradoras, contou com R$ 166 milhões em investimentos e é a primeira do país a combinar o óleo vegetal e a biomassa. Os insumos são obtidos a partir do processamento do óleo de palma.
Um dos principais agentes do mercado de biocombustíveis, a BBF aposta na modalidade para otimizar o uso da palma, uma das matérias-primas para a produção do óleo vegetal. A empresa estima que a usina evitará o consumo de 43 milhões de litros de óleo diesel por ano no Estado e a emissão de cerca de 100 mil toneladas anuais de carbono na atmosfera.
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A BBF possui uma frota de 38 termelétricas localizadas nos Estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima, sendo 25 em operação, incluindo a de São João da Baliza, e outras 13 em implementação, totalizando 177 megawatts (MW) de capacidade instalada.
Para atender à demanda das usinas, a BBF possui uma área cultivada da ordem de 68 mil hectares, grande parte dessa área localizada no Pará, com produção de aproximadamente 200 mil toneladas de óleo vegetal por ano. Além das termelétricas, a BBF possui quatro unidades de esmagamento, sendo três de palma e uma de soja, além de uma indústria de biodiesel.
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“Com essa nova usina termelétrica, teremos o ciclo completo em nossa operação: plantamos, colhemos, esmagamos o fruto, produzimos biocombustíveis e geramos energia elétrica e, a partir de agora, vamos transformar a biomassa resultante em energia e eliminar de forma adequada e produtiva parte dos resíduos da nossa operação. É um modelo completamente sustentável”, disse o presidente da BBF, Milton Steagall.
Além dos benefícios energéticos e ambientais, o projeto irá gerar mais de 80 postos de trabalho diretos na região.
Além destes negócios, a BBF está olhando para a produção de diesel verde (óleo vegetal hidrotratado, HVO, na sigla em inglês) e combustível sustentável de aviação (SAF, também na sigla em inglês).
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Ambos os biocombustíveis serão produzidos em uma biorrefinaria em construção na Zona Franca de Manaus, em parceria com a Vibra Energia, que será responsável pela comercialização dos produtos. A previsão é de que o SAF e o HVO sejam disponibilizados ao mercado brasileiro entre 2025 e 2026.