Na Argentina, o governo da presidente Cristina Kirchner acaba de autorizar um aumento na mistura de etanol na gasolina, para que assim, a compra de gasolina cara no exterior seja substituída pelo biocombustível produzido localmente.
Especialistas contabilizam que, quando a mistura de etanol estava em 8%, a produção foi inicialmente estimada em 630 mil metros cúbicos, sendo 347 mil de milho e 283 mil a partir de cana-de-açúcar. Agora, com o aumento da mistura, a produção pode chegar a 750 mil metros cúbicos. Estima-se que um total de 226.216 toneladas de etanol foram produzidos no primeiro semestre de 2014, de acordo com a agência de estatísticas INDEC.
O uso do etanol combustível começou em 2010 no país, dominada por usinas que o produziam a partir de cana-de-açúcar. Somente a partir de 2013, que plantas de etanol de milho surgiram, o que exigiu um investimento entre 500 e 800 milhões de dólares. Foi então que os produtores começaram a exigir um aumento na mistura. Argentina agora tem nove usinas que produzem etanol a partir de cana-de-açúcar e cinco de biocombustível a partir do milho. Toda a produção é utilizada internamente.
Entretanto, uma resolução da Secretaria de Energia da Argentina, estipulou dois preços para o etanol em função da sua matéria-prima, como forma do governo cortar preços, já que o etanol de milho é mais barato para produzir.
Com o aumento da mistura, é provável que os preços caiam até 20%, o que poderia prejudicar os produtores, principalmente de etanol de milho, face às despesas. Especialistas acreditam que os produtores poderiam, eventualmente, perder até 2,36 milhões de pesos este ano por causa da mudança. Em setembro, o preço foi fixado em 9,5 pesos por litro e que poderia eventualmente cair para sete pesos para o de cana-de-açúcar e seis pesos para o de milho.
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