O agronegócio paulista cresceu 13,1% de janeiro a setembro de 2021 em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo informações do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, o agro estadual apresentou aumento de 12,4% nas exportações, alcançando US$ 14,36 bilhões, e crescimento de 9,9% nas importações, totalizando US$ 3,34 bilhões.
Segundo José Alberto Angelo, Marli Dias Mascarenhas Oliveira e Carlos Nabil Ghobril, pesquisadores do IEA, as exportações paulistas nos demais setores da economia – exclusive o agronegócio – somaram US$ 25,07 bilhões, e as importações, US$46,83 bilhões, gerando um déficit externo desse agregado de US$ 21,76 bilhões. Dessa forma, eles concluem que o déficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho do agronegócio estadual.
As análises desses primeiros nove meses de 2021 mostram que em comparação com o mesmo período de 2020, houve importantes variações nos valores exportados dos cinco principais grupos de produtos da pauta paulista mais o café, com aumentos para os grupos dos sucos (22,4%), das carnes (21,4%), do complexo soja (15,4%), do café (12,3%), do complexo sucroalcooleiro (9,3%) e dos produtos florestais (3,8%).
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Os cinco principais grupos nas exportações do agronegócio paulista nos nove primeiros meses de 2021 foram: O complexo sucroalcooleiro foi um dos cinco principais grupos nas exportações do agro paulista nos nove primeiros meses de 2021, representando US$ 4,84 bilhões.
Em relação aos destinos das exportações do agronegócio paulista no acumulado de janeiro a setembro de 2021, a China (US$ 3,83 bilhões, 26,7% de participação e variação positiva de 21,2% em relação ao valor do mesmo período de 2020) é o principal destino das exportações de São Paulo, seguida da União Europeia (US$1,89 bilhão, 13,2% de participação e aumento de 8,0% sobre 2020) e dos Estados Unidos (US$1,39 bilhão, participação de 9,7% e variação positiva de 20,8%).
A China importou principalmente produtos do complexo soja (40,2%), seguidos das carnes (26,1%) e do complexo sucroalcooleiro (20,4%), enquanto na pauta da União Europeia predominam os produtos do grupo de sucos (39,8%, basicamente suco de laranja), de produtos florestais (11,3%) e do café (10,8%).
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Já os Estados Unidos apresentam pauta mais diversificada, composta principalmente pelos grupos das carnes (22,2%) e de sucos (18,4%). Na sequência dos dez maiores importadores, da Argélia até o Reino Unido, todos têm elevada concentração de suas importações no complexo sucroalcooleiro, acima de 70% de representatividade (exceto o Reino Unido com 31,7%); na 11ª posição, aparece a Argentina que recebe 45,8% dos produtos florestais exportados.
Os principais produtos da pauta de importação do agronegócio paulista nos primeiros nove meses de 2021 foram papel (US$256,30 milhões), trigo (US$244,93 milhões) e salmões (US$222,53 milhões).
Emirados Árabes
Em missão internacional em conjunto com o governador João Doria para a Expo Dubai 2020, o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Itamar Borges, ressaltou os dados de exportações do agro paulista para os Emirados Árabes Unidos.
De janeiro a setembro de 2021, o agro de São Paulo exportou US$ 152.070.895 para os Emirados Árabes e importou US$ 284.016, tendo saldo de US$ 151.786.879.
Os principais produtos exportados pelo agro paulista para os Emirados Árabes neste ano foram: completo sucroalcooleiro (US$ 114.747.204), carnes (US$ 19.121.199), frutas com a inclusão de nozes e castanhas (US$ 3.355.926), produtos florestais (US$ 3.046.194), café (US$ 2.984.935) e lácteos (US$ 2.897.426).