As exportações de açúcar em bruto nos primeiros cinco meses do ano avançaram em volume e caíram em valores. É o que revela balanço do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Conforme o balanço do MDIC, entre janeiro e maio últimos, as usinas exportaram 1,3 milhão de toneladas de açúcar em bruto, alta de 7,7% ante o 1,2 milhão de toneladas embarcadas nos primeiros cinco meses de 2014.
Embora o montante tenha crescido, o valor recebido em dólares foi menor. Ou seja: nos primeiros cinco meses desse ano, a exportação do açúcar em bruto rendeu em dólares FOB (até o embarque no porto) US$ 438 milhões. Já no mesmo período do ano passado, a venda gerou US$ 469 milhões.
“A diferença em favor do desempenho de 2014 é explicada pela depreciação do real diante o dólar”, explica especialista em comércio exterior ao portal JornalCana. Outro motivo, acrescenta, é o fato de muitas tradings e comercializadoras terem hedeado a tonelada do açúcar em valores depois superados.
Refinado
O descompasso é semelhante no caso do açúcar refinado. Conforme o levantamento do MDIC, entre janeiro e maio últimos o Brasil exportou 503,5 mil toneladas, alta de 46,2% sobre as 270,8 mil toneladas vendidas no exterior nos primeiros cinco meses de 2014.
Em valores, apesar dos cinco primeiros meses deste ano terem totalizado em dólares FOB US$ 179,5 milhões, ante US$ 117,2 milhões no mesmo período de 2014, o maior volume de açúcar embarcado nesse ano fragiliza o caixa.
Ou seja, na média cada tonelada de refinado exportada nesse ano gerou US$ 356,5 FOB, enquanto em 2014 a mesma tonelada resultou em US$ 270,8.
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