O resultado do acordo nuclear entre o Irã e diversas potências mundias pode ter um impacto positivo na indústria de cana-de-açúcar brasileira.
Favorecido pelo fim das sanções comerciais que pressionaram a economia iraniana e pela liberação de mais de US$ 100 bilhões congelados no exterior, o país volta a ter atividade comercial com o ocidente.
E o açúcar?
Livre de sanções comerciais, o Irã possui mais flexibilidade para tomar decisões comerciais. A entrada de commodity no país é oriunda principalmente da Índia, que deve perder grande fatia deste mercado.
Esta abertura representa uma oportunidade para o maior player de açúcar, o Brasil.
As importações iranias da commodity oriunda da Índia são comercializadas com valor 15% superior em relação as papéis comercializados na Bolsa de Nova York. As negociações eram feitas em rúpias indianas, pelo fato do Irã não poder comercializar em dólar, o que onerava as importações.
Segundo traders do Irã a tendência é que o comércio de açúcar entre os dois países diminua e abra uma oportunidade para grandes exportadores ocuparem este segmento. O volume comercializado entre estes em 2015 já sinaliza redução.