A Abengoa Bioenergia, braço brasileiro do grupo espanhol que controla as usinas São Luiz e São João localizadas, em Pirassununga (SP) e São João da Boa Vista (SP), poderá continuar suas atividades após derrubar parcialmente uma liminar que determinava indisponibilidade patrimonial dos ativos da empresa, com arresto de bens.
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Com a decisão, além de não correr riscos de paralisação, também está liberada para movimentar suas aplicações financeiras e acessar seu fluxo de caixa para cumprir suas obrigações cotidianas.
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“Nosso Departamento Jurídico agiu rapidamente contra a decisão judicial da 20ª Câmara de Direito Privado, que limitou o arresto e as restrições a remessas de bens e valores para o exterior, alienação de imóveis e alteração do controle acionário. Porém, afastou a constrição sobre todos os demais bens e valores de propriedade da Abengoa Bioenergia até que o colegiado analise o tema. O objetivo é evitar dano de difícil reparação, o que de fato estávamos sofrendo, com, por exemplo, a impossibilidade de pagarmos salários de funcionários por conta do bloqueio das contas ou de comercializar nossos produtos, em decorrência do arresto de estoque.”, explica o Rogério Ribeiro Abreu dos Santos, diretor da Abengoa.
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O grupo declarou que tem autonomia gerencial em relação à sócia espanhola e negocia sistematicamente suas obrigações financeiras diante da atual crise econômica brasileira.
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“Nosso principal objetivo neste momento e traçar um cronograma de reestruturação das atividades e implementação de ações positivas para aumentarmos nosso fluxo de caixa e, a partir disso, honrar todos os nossos compromissos”, projeta Abreu dos Santos.
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