Cerca de 64% das exportações de açúcar da safra 2022/23 já estão com seus preços fixados. Segundo Arnaldo Luiz Correa, da Archer Consulting, as usinas aproveitaram os bons preços do açúcar lá fora e a valorização do dólar.
“Esses 64% estão sendo construídos praticamente, desde o ano passado quando as cotações do dólar chegaram até 5,65”, afirmou em recente entrevista.
De acordo com Correa, embora menor que no mesmo período do ano passado, quando a fixação de preços chegou ao patamar de 75%, não deixa de ser um número, extremamente significativo. “Se você imaginar que as usinas estão fixando preços antes mesmo de produzir o açúcar”.
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O consultor lembra que esse percentual de 64% é o segundo maior, desde quando se começou a fazer esse tipo de levantamento na safra 2012/13, ou seja, “nós tivermos esse ano que é o segundo maior, e o primeiro maior foi no ano passado, quando em janeiro as usinas já haviam fixados 80%.
Segundo a Archer, tanto a safra 2022/23 que vai começar a ser moída a partir de abril, como também a safra 2023/24 serão safras com boa remuneração para o produtor. Em janeiro os contratos futuros do açúcar foram negociados na Bolsa de Nova York, com um aumento de 34,2% em relação ao volume do mês anterior.
“Nós teremos boa remuneração, porque o Brasil praticamente, produz a mesma quantidade de ATR, desde a safra 2009/10 e muitos dos produtores de cana estão migrando para a produção de soja e milho, o que faz com que a disponibilidade de açúcar para outra safra talvez tenha surpresa e seja menor”, avalia o consultor.