A quantidade de cana-de-açúcar processada pelas unidades produtoras do Centro-Sul somou 26,79 milhões de toneladas na segunda quinzena de outubro. No acumulado desde o início da safra 2020/2021 até 1º de novembro, a moagem alcançou 564,91 milhões de toneladas, registrando crescimento de 3,65% na comparação com o valor observado no mesmo período de 2019.
Até o fechamento do mês de outubro havia 200 unidades produtoras em operação ante a 192 no ciclo passado. Na segunda quinzena de outubro, 34 unidades produtoras terminaram a safra. No total, já são 63 empresas com moagem finalizada no ciclo 2020/2021. Há previsão de que mais 82 unidades encerrem suas operações na primeira quinzena de novembro.
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“As unidades que já finalizaram a safra apresentaram queda de 2,10% na moagem de cana-de-açúcar, mas com aumento de 3,70% na quantidade de produtos fabricados. A melhor qualidade da matéria-prima mais do que compensou a queda de moagem dessas empresas, permitindo um crescimento na produção de etanol e açúcar no atual ciclo”, explica o diretor técnico da UNICA, Antonio de Padua Rodrigues.
De fato, no acumulado desde o início do atual ciclo agrícola até 1º de novembro a qualidade da matéria-prima processada, mensurada a partir da concentração de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR), atingiu 144,89 kg por tonelada, aumento de 4,30% na comparação com o índice verificado no mesmo período de 2019 (138,92 kg/t). Especificamente na segunda quinzena de outubro, o indicador de qualidade alcançou 155,96 kg de ATR por tonelada de cana, ante 151,81 kg registrados no ciclo agrícola 2019/2020.
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Em relação a produtividade agrícola, dados preliminares apurados pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) para a região Centro-Sul, a partir de uma amostra comum de 70 unidades, indicam queda de 4,3% no rendimento da lavoura colhida em outubro deste ano. No ciclo passado o indicador registrou 67,5 toneladas de cana-de-açúcar por hectare, contra 64,6 toneladas observadas na safra corrente.
“Esses valores preliminares indicam que o longo período de estiagem em boa parte da região produtora do Centro-Sul começou a se refletir no rendimento da lavoura colhida. O período de seca também pode impactar a produtividade da área que será colhida na próxima safra”, analisa o executivo da UNICA.