
O carro-conceito esportivo elétrico Blade Glider da Nissan ganha destaque mundial desde sua apresentação no Salão de Tóquio de 2013.
No começo de agosto, por conta dos Jogos Olímpicos, a montadora também apresentou o modelo no Museu do Amanhã, no Rio.
O Blade Glider, assim como a mini-van e-NV200, acendem os holofotes do setor automobilístico – e do setor sucroenergético – por usarem a tecnologia e-Bio de Célula de Combustível de Óxido Sólido (SOFC).
Essa tecnologia primeiro tira o hidrogênio do etanol e só então o usa para alimentar o motor elétrico.
O Portal JornalCana apresenta 6 informações sobre o sistema SOFC, que pode sacramentar primeiramente o etanol na matriz energética brasileira. Os dados são de conteúdos técnicos a partir da tecnologia da Nissan.
1
Diferença
Como todo carro com célula (ou pilha) de combustível, o Blade Glider é movido por um motor elétrico. A grande diferença diante outros modelos com Célula de Combustível como o Toyota Mirai está na origem dessa eletricidade.
2
Etanol pode ter até 55% de água
Enquanto modelos chamados de “carros a hidrogênio” precisam sempre ser abastecidos com esse gás para que suas pilhas o transformem em eletricidade (e vapor de água), o sistema SOFC primeiro tira o hidrogênio do etanol – puro ou com até com 55% de água – e só então o usa para alimentar o motor elétrico.
3
Postos
Com o emprego do etanol, o “carro a hidrogênio” não exige postos especiais de abastecimento, que exigem altos investimentos. O Brasil possui etanol disponível em qualquer posto de combustível.
4
Parceiros
A tecnologia só deve ficar pronta de fato em 2020, mas a Nissan já a demonstra para encontrar parceiros que ajudem a resolver problemas técnicos ainda existentes – como lidar melhor com a temperatura de 700oC que o sistema precisa para trabalhar, por exemplo.
5
Incentivos
A nova tecnologia é apenas mais uma entre muitas opções de caminho para os elétricos seguirem, embora a escolha dependerá das características de cada mercado e dos incentivos que cada governo der. No caso do Brasil, o e-Bio seria mais interessante justamente por nossa familiaridade com o etanol e facilidade para o obtermos a partir da cana de açúcar.
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Menos emissões
Outra vantagem é que enquanto o hidrogênio dos carros com célula de combustível convencional não emitem CO2 mas requerem que o hidrogênio seja produzido externamente – o que pode ser feito com fontes de energia limpas ou sujas – o e-Bio emite pouco CO2, e ele é zerado na plantação de cana, que absorve o gás na fotossíntese, durante seu crescimento.