Martin Todd, diretor gerente da LMC International, apresentou motivos preocupantes que o açúcar de beterraba sinaliza para o açúcar de cana-de-açúcar brasileiro.
Todd fez as avaliações nesta segunda-feira (07/11) em painel do Seminário Internacional do Açúcar, realizado na capital paulista.
O Portal JornalCana apresenta a seguir 10 dessas ameaças do açúcar de beterraba da União Europeia (EU) a partir de outubro de 2017, quando terminam as cotas de exportação do adoçante.
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Atualmente, a cota de exportação do açúcar de beterraba da UE está em 1,2 milhão de tonelada por ano. Com o fim dessa cota, os produtores ficam livres para operar no mercado
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Antes das cotas, a UE chegou a exportar 5 milhões de toneladas de açúcar de beterraba por ano
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Há dúvida sobre como ficará a oferta de açúcar de beterraba a ser produzida a partir de fevereiro e março próximos. Mas se a indústria quiser, poderá ampliar a oferta sem grandes investimentos.
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Segundo Todd, 90 fábricas fecharam as portas, com a implantação das cotas, e outras reduziram a produção para até 80 dias para se adequar. Por isso, caso haja mais oferta de beterraba, essa indústria pode retomar rapidamente a produção
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A UE pode voltar a exportar 5 milhões de toneladas de açúcar de beterraba por ano, sem afetar o mercado doméstico.
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Isso porque processa hoje 18 milhões de toneladas ao ano com tempo ruim, e 22 milhões de toneladas em ano com tempo bom. Mas há projeção de ampliar essa oferta em 2,5 milhões de toneladas em poucos anos.
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A França lidera a produtividade de açúcar de beterraba entre 28 países europeus produtores do adoçante, chegando a 14 toneladas de açúcar por hectare, contra 10 toneladas de açúcar de cana no Brasil.
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Dos 28 países produtores europeus, cinco deles podem produzir por até 140 dias ao ano, sem serem afetados por condições climáticas
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A competitividade do açúcar de beterraba é que esse adoçante já é refinado e não precisa de prêmio.
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Ou seja, pode competir com o açúcar de cana e conquistar cliente com preço inferior