Atender ao mercado de álcool no período de entressafra da cana-de-açúcar não será tarefa fácil para as usinas. “Vamos passar apertado neste ano”, afirmou o presidente da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica), Eduardo de Carvalho. A providência para que o combustível não falte nas bombas será antecipar o início da safra 2006/07 em até 45 dias, segundo avaliação de Plínio Nastari, da empresa de consultoria Datagro.A prioridade para a indústria do álcool é o mercado interno, declarou Carvalho. Para ele, o mercado de álcool só existe porque o consumidor voltou a confiar nas usinas de que terão capacidade de abastecer o mercado. A escassez do produto pode ter como contrapartida o preço, que deverão se manter elevados, pelo menos, até maio, quando começa oficialmente a próxima safra.Cálculo feito por Nastari indica que os estoques nas usinas chegarão aos níveis mais baixos dos últimos anos. Em torno de 300 milhões de litros, o que para o setor são considerados “estoques técnicos”, ou seja imprescindíveis para manter os equipamentos em funcionamento, ou seja, tanques e dutos para transporte do combustível.Para garantir o atendimento do mercado, as usinas deverão iniciar o corte da cana em meados de março, quando oficialmente deveria começar em 1 de maio. Para o consultor da Datagro, as usinas terão capacidade da produzir nesse período em torno de 800 milhões de litros. O ano começou com o clima ruim para o cultivo da cana, com seca acentuada, o que atrapalhou o plantio. Depois disso, segundo Nastari, tudo correu de forma favorável à produção. As chuvas, a partir de setembro, foram favoráveis para o desenvolvimento das lavouras, a serem colhidas ainda este ano e para garantirem boa produtividade na safra 2006/07.
Mercado
Usinas vão antecipar corte de cana-de-açúcar
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