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Usinas prontas para receberem por créditos de carbono

As usinas paulistas de açúcar e álcool Vale do Rosário, Moema e Cia.

Energética Santa Elisa poderão receber pelos seus projetos de crédito de carbono a partir de julho de 2005.

Segundo Carlos Grieco, da Ecoenergy Brasil, braço no Brasil da americana Ecoenergy International Corporation, a liquidação financeira desses projetos ainda depende do aval da comissão interministerial de mudança global do clima, presidida pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, para que possam ser registrados pela ONU.

A expectativa é de que a burocracia seja desembaraçada ainda no primeiro semestre do próximo ano, disse o executivo. Grieco participou, ontem, em São Paulo, do II Seminário Executivo de Créditos de Carbono.

Essas usinas produzem energia, a partir do bagaço da cana, há algumas

décadas. Nos últimos anos, decidiram investir em um programa com a

Ecoenergy, uma vez que a a produção de energia por meio da biomassa está inserida no conceito de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) para a comercialização de créditos de carbono no mercado internacional.

Segundo Grieco, essas três usinas fecharam contrato com a agência de energia da Suécia para a comercialização desses créditos por US$ 5 a tonelada.

Somente o potencial de comercialização da Vale do Rosário é de movimentar US$ 2,5 milhões em créditos de carbono.

Grieco acredita que a ratificação do Protocolo de Kyoto, com a recente adesão da Rússia, deverá estimular novos projetos no Brasil, o que vai gerar uma forte demanda para os atuais em andamento. Grieco sugere que o governo crie programas mais eficientes para agilizar o aval aos projetos.