Os usineiros deixaram de procurar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em busca de financiamentos e miram agora na consolidação do setor. “Se antes o setor sucroalcooleiro vinha ao BNDES para se informar sobre recursos disponíveis para expansão, hoje o assunto é a consolidação de empresas”, diz Carlos Eduardo de Siqueira Cavalcanti, chefe do Departamento de Biocombustíveis do BNDES. Segundo ele, desde o agravamento da crise, em setembro, as cartas de intenção dos usineiros para novos investimentos praticamente sumiram. No entanto, o BNDES disse que não houve desistências de nenhum projeto já em andamento.
A expectativa é que o volume de recursos desembolsado pelo BNDES para o setor sucroalcooleiro fique estável em 2009 e repita o registrado em 2008, de R$ 6,5 bilhões, quebrando uma sequência de altas expressivas. Dos R$ 6,5 bilhões desembolsados em 2008, 47,4% foi para a expansão da produção de etanol, 28,9% para o açúcar, 13% para a co-geração de energia elétrica através da biomassa e 10,5% para a cana.