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Usinas paulistas reduzem captação de água

A captação média média de água pelo setor sucroenergético paulista caiu dos 15 m³ a 20 m³ por tonelada na década de 70, para a média de 2 m³ por tonelada registrada desde 2005. Algumas usinas chegam a captar apenas 1 m³ por tonelada. É o que aponta o Manual de Conservação e Reuso de Água na Agroindústria Sucroenergética, lançado na semana passada pela Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar), Fiesp e CTC, em São Paulo, SP.

“A água é a principal commodity que o Brasil detém e a que possibilita ocupar uma posição de liderança na produção de alimentos, fibras, rações e agroenergia. Portanto, é fundamental cuidar muito bem deste patrimônio”, afirmou o presidente da Unica, Marcos Jank, durante o lançamento oficial do Manual realizado no Sheraton World Trade Center Hotel.

O Manual, inédito para o setor, mostra informações ambientais, de gerenciamento de recursos, adoção e utilização de processos industriais de modo sustentável e traz um panorama dos recursos hídricos no Brasil e no mundo.

O documento contempla um perfil do setor sucroenergético, apresentando tendências de mercado e distribuição geográfica das usinas no Brasil e no Estado de São Paulo por bacia hidrográfica.

Traz, ainda, o balanço hídrico industrial, calculando-se os usos de água de cada operação industrial. Outros aspectos abordados são a necessidade de preservação dos solos agrícolas da atividade canavieira e aspectos da legislação e normas aplicadas ao setor, especialmente no que se refere ao pagamento pelo uso da água.