A União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica) divulgou os últimos dados sobre a evolução da colheita e moagem da cana-de-açúcar no Centro-Sul do País, referentes à safra 2009/10, conforme informações apuradas até 01 de junho. O volume de cana moída cresceu 43,55% até a data, na comparação com o mesmo período do ano passado, atingindo 109,711 milhões de toneladas, assim como a produção de álcool total, que aumentou 40,48%, para 4,609 bilhões de litros.
Já a produção de açúcar cresceu 57,38% até 01 de junho, totalizando 5,038 milhões de toneladas. Por enquanto, as usinas vão priorizando o álcool, que está com uma parcela de 59,77% no “mix” produtivo, restando 40,23% para o açúcar.
De acordo com a entidade, apesar do ritmo forte de moagem de cana-de-açúcar na safra 2009/10 na região Centro-Sul, as unidades produtoras não estão conseguindo ampliar os estoques de etanol, que cresceram em apenas 0,33 bilhão de litros desde o início da safra. Conforme nota da Unica, os números de produção e comercialização até 1 de junho indicam que o estoque disponível é suficiente para atender às vendas do mês de junho, mantido o nível de vendas para os mercados interno e externo observado até aqui. No entanto, as empresas do setor ainda não conseguiram utilizar os financiamentos para estocagem (warrantagem) disponibilizados no início do ano pelo BNDES e o Banco do Brasil.
São R$ 2,5 bilhões que, até agora, tiveram pouquíssima demanda, pois é necessário armazenar 1,5 litro de etanol para cada litro financiado dessa forma.
A quantidade de cana esmagada na segunda quinzena de maio foi de 36,45 milhões de toneladas, 15,66% superior ao da mesma quinzena na safra passada. O acumulado até 1 de junho de 2009 chegou a 109,71 milhões de toneladas, 43,55% superior ao registrado no mesmo período na safra anterior.
Houve uma redução na quantidade de produtos totais (ATR açúcar total recup erável) obtidos por tonelada de cana esmagada, em parte devido a chuvas ocorridas ao longo de maio em grande parcela da região canavieira. O ritmo acelerado da moagem nas primeiras quinzenas da safra também levou muitas unidades produtoras a direcionar a colheita para áreas de cana jovem, não inteiramente em condições para colheita, impactando negativamente a qualidade da cana processada. Em relação ao verificado na mesma quinzena do ano passado, a redução do ATR foi de 2,28%, levando a uma queda de 127,87 Kg para 124,96 Kg ATR por tonelada de cana. O acumulado desde o início da safra continua superior ao da safra passada em 1,97 Kg, chegando a 119,80 Kg contra 117,49 Kg ATR por tonelada na safra anterior.