Em abril, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) disponibilizou R$ 1,3 bilhão do Programa de Apoio ao Setor sucroalcooleiro para financiamento da estocagem da produção de álcool. O recurso emergencial se soma aos R$ 3,41 bilhões liberados pelo Departamento de Biocombustível do BNDES no primeiro semestre deste ano. O total é 28% superior ao que foi disponibilizado no mesmo período do ano passado.
Apesar da existência do crédito, as usinas não conseguem financiamento. Os produtores, que já deviam e rolavam suas dívidas com mais empréstimos antes do pico da crise, em setembro, não conseguem tomar novos empréstimos por falta de garantia. “Crise de crédito é crise de confiança”, diz o pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Francisco Santos, para explicar receios do mercado financeiro.