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Usinas já faturam cerca de 30% com cogeração

JC 178 – No setor sucroalcooleiro, é comum relacionar a remuneração das usinas ao açúcar e ao álcool. Mas esse raciocínio não pode ser mais considerado, uma vez que a cogeração de energia a partir do bagaço da cana começou a ganhar maior importância para as usinas.

“Nenhum projeto novo de usina inicia a safra sem ter cogeração de energia”, observa Júlio Maria Martins Borges, diretor-presidente da Job Economia e Planejamento.

Segundo Martins Borges, a cogeração pode representar cerca de 30% do faturamento de uma usina.

Muitas usinas do setor estão fechando acordo com grandes empresas de energia para os projetos de cogeração. São vários os grupos que fecharam acordo neste sentido, como a Cosan, Brenco, Açúcar Guarani (contralada pela francesa Tereos).

Os números mostram que o potencial da geração de energia a partir da biomassa é grande. No país, são 400 usinas sucroalcooleiras em operação, todas auto-suficientes em energia a partir do bagaço. Há cerca de 210 projetos de cogeraçõa em implantação que podem colocar no sistema 13.200 MW até 2012, segundo Onório Kitayama, especialista em bioenergia da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica). Para 2008, as usinas têm um excedente de 790 MW para ser comercializado, e poderá chegar a 8.900 MW nos próximos quatro anos, sem considerar o potencial do uso da palha da cana.

Leia matéria completa na edição de outubro (178) do JornalCana