Mercado

Usinas do interior paulista se preparam para comercializar Créditos de Carbono

Dez usinas sucroalcooleiras da região de Ribeirão Preto (SP)estão cumprindo os procedimentos técnicos para comercializar créditos de carbono no mercado internacional. As usinas têm direito a essa certificação graças à eficiência energética obtida com cogeração de energia elétrica com aproveitamento dos resíduos da cana-de-açúcar. A estimativa é de que a comercialização dos créditos de carbono represente um aumento de 5% a 10% do faturamento da cogeração das usinas.

As análises e o funcionamento desse novo mercado mundial serão apresentados pelo diretor da Econergy International Corporation no Brasil, Marcelo Schunn Diniz Junqueira, no Seminário Cana & Energia, CoGeração e Álcool Automotivo que será realizado pelo INEE – Instituto Nacional de Eficiência Energética, nos dias 28 e 29 de agosto, no Hotel JP, em Ribeirão Preto.

Junqueira diz que a comercialização de créditos de carbono deve representar um movimento de cerca de U$ 300 milhões por ano para os países em desenvolvimento, principalmente Brasil, China e Índia. As usinas sucroalcoleiras do Estado de São Paulo têm condições de disputar uma grande fatia desse mercado. “O Brasil, de modo geral, deve ser um grande beneficiário desse novo mercado. Sua área agricultável é enorme e a sua produção de energia limpa tende ser cada vez maior. Além da biomassa e do aproveitamento os resíduos de madeira para a produção de eletricidade, também podem obter créditos de carbono para comercialização dos investimentos em Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), projeto de eficiência energética, energia solar, energia eólica ou qualquer projeto que diminua o consumo de combustíveis fósseis”, orienta Marcelo Junqueira.