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Usinas avançam na proteção ambiental

CUNHA: conceitos de agroflorestas são contemplados A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) abrigou, ontem, a discussão sobre a recomposição das matas ciliares nas áreas das usinas pernambucanas. A oficina integrou o protocolo ambiental, firmado entre o setor sucroalcooleiro, através do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar), e a Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH), em 2007, que prevê o plantio de 390 mil mudas em três anos, e refletiu o engajamento das usinas associadas ao Sindaçúcar na recomposição ambiental. O encontro debateu ainda a preservação do meio ambiente, através do equilíbrio entre o econômico e o florestal.

A recomposição da mata ciliar já está sendo feita através dos diagnósticos das áreas de reflorestamento. A iniciativa evita a erosão das margens de rios, garante a preservação das nascentes e mantém a qualidade e garantia da água, além de filtrar resíduos de produtos químicos e permitir a reprodução do ecossistema. Segundo a diretora de projetos do Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (Cepan) Sônia Roda, as usinas de Pernambuco estão empenhadas no projeto. “Os empresários do setor sucroalcooleiro do Estado estão preocupados em fazer um reflorestamento de alta qualidade. As usinas possuem uma quantidade de mudas florestais que varia de 10 a 100 espécies”, afirmou.

Para o reitor da UFRPE Walmar Corrêa, a oficina tem o objetivo de fazer com que os gestores das usinas tenham uma visão mais acadêmica sobre a importância do reflorestamento. “No encontro são repassadas informações técnicas como a forma de plantio, escolha de sementes, espécies e recuperação de solo, essenciais para o processo de reflorestamento”. De acordo com o presidente do Sindaçúcar Renato Cunha, o processo de renovação da mata ciliar é importante porque cria uma jornada de manejo orientado por instituições de ensino e pesquisa. “Esse trabalho não se restringe apenas ao protocolo firmado o ano passado, Conceitos de agroflorestas que contabilizam o econômico e o florestal também foram contemplados durante a oficina”, ressaltou.