A tecnologia de marcação de ponto, através de reconhecimento facial, vem ganhando cada vez mais adesão por parte das usinas do setor bioenergético. Um dos destaques desse segmento é a ferramenta DT Faceum, desenvolvida pela Dimastec.
O programa tem gerado interesse, não apenas pela economia que proporciona, mas também pela facilidade de incorporação no dia a dia das usinas. O funcionamento no modo off line, é um dos grandes facilitadores para sua utilização no campo.
Adepto ao conceito de usina 4.0, o Grupo Moreno vem investindo em sistemas de automação de sua planta industrial e, em março deste ano, deu início a implantação da tecnologia de reconhecimento facial.
“Conhecemos o DT Faceum em 2020, quando participamos de evento do GERHAI, quando, então, percebemos sua importância, usabilidade e toda tecnologia na marcação e controle de ponto”, informa Sylvio Rodrigues Neto, gerente Gestão de Pessoas e Jurídico, da companhia.
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Segundo Rodrigues, “o sistema DT Faceum se mostrou ideal para as nossas necessidades, principalmente por permitir o registro de marcação em modo off-line, o que é de extrema importância para as áreas com difícil acesso às redes de telefonia”, disse.
Entre os benefícios que estão sendo obtidos com a implantação do sistema, Rodrigues elencou a precisão e confiabilidade. “É uma ferramenta precisa na identificação de colaboradores, eliminando erros humanos ou intencionais nos registros de ponto. Garantindo maior confiabilidade nos dados de frequência e evita fraudes ou registros indevidos”, disse.
Agilidade no registro também é um fator importante. “É rápido e simples, exigindo apenas que o colaborador se posicione diante do dispositivo para efetuar o registro. Isso economiza tempo, evita filas ou atrasos na marcação e elimina problemas de esquecimento ou perda do cartão de identificação”, informa Rodrigues, destacando ainda que a ferramenta contribui para a eliminação de fraudes. “É uma medida de segurança eficaz para evitar registros falsos de ponto, como “marcação por colega”. Isso garante que apenas o próprio funcionário possa efetuar seu próprio registro”, explica.
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Rodrigues também falou sobre a facilidade da ferramenta em se adaptar a diversos ambientes. “O sistema pode ser utilizado em diferentes ambientes, como escritórios, indústria e locais externos como nas frentes de serviço, facilitando a implementação em todos os setores da empresa”.
Uma outra funcionalidade do DT Faceum valorizada por Rodrigues é a verificação da localização através do georreferenciamento, que possibilita verificar se as marcações de ponto foram realizadas no local de trabalho autorizado, o que evita que os funcionários realizem registros de ponto fora do perímetro estabelecido pela empresa.
Para o gestor da Moreno, além da redução de custos, a ferramenta contribui para a melhoria na cultura organizacional da empresa. “Há uma redução na manutenção do equipamento se comparado com os REP (Registro Eletrônico de Ponto) tradicionais, o que pode diminuir os custos operacionais e de manutenção. Vale ainda destacar que a adoção de tecnologias modernas, como o reconhecimento facial, pode impactar positivamente a cultura organizacional, demonstrando o comprometimento da empresa com a inovação e a melhoria contínua”, enfatizou.
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A implantação nas usinas do Grupo Moreno está sendo feita em duas etapas. “Inicialmente, estamos implementando o sistema no polo de Luiz Antônio. Em seguida, iremos estender a utilização para os polos de Nipoã, Monte Aprazível e Planalto”, informou Rodrigues.
Agilidade, redução de custos e adequação à legislação trabalhista foram alguns dos fatores determinantes para que as usinas do Grupo Viralcool aderissem à implantação do DT Faceum. Segundo Claudia Tonielo, diretora de RH, “o Grupo Viralcool sempre busca pela melhoria contínua em seus processos. E para termos a certeza desta decisão, realizamos um Benchmark com outras empresas que já possuíam a tecnologia implementada. Após análises criteriosas das áreas da tecnologia da informação, departamento jurídico e diretoria, optamos por sua implementação, já que a solução adotada segue com todas as determinações da portaria nº 671/2021 do Ministério do Trabalho e Previdência”.
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De acordo com a diretora, a precisão do sistema também influenciou na escolha. “Com a nova tecnologia de reconhecimento da face, há menos erros de leitura com relação ao antigo método de biometria. O novo sistema, permite que o colaborador tenha acesso de forma on line à consulta do seu ponto eletrônico de qualquer dispositivo com acesso à internet, através de uma senha de acesso exclusiva do colaborador. As informações em nuvem são integradas com o sistema ERP da usina, o que permite maior agilidade e confiabilidade nas informações”, ressaltou Cláudia.
“A implantação foi iniciada em abril deste ano, num projeto piloto na unidade de Castilho, com apenas um dispositivo e 20 colaboradores. Em maio, ampliamos para a área industrial e oficina automotiva e, atualmente, já temos 54 dispositivos atendendo 970 colaboradores, que só neste mês de julho registraram 58.348 marcações”, informa.
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A diretora conta que aproveitaram equipamentos já existentes na área da Qualidade Agrícola, onde são realizados apontamentos eletrônicos de perdas e pragas no campo, para uso dos operadores para registro do ponto, evitando assim deslocamentos desnecessários, pois as marcações são realizadas em qualquer local e quando o equipamento se conecta a internet envia as marcações de forma automática para a nuvem. Segundo ela, até o mês de setembro, será concluída a implantação na unidade de Castilho, onde está prevista a instalação de mais 20 tablets e 48 smartphones, totalizando 145 equipamentos apenas nesta unidade.
Nesta primeira etapa de implantação, Cláudia informa que foram investidos cerca de R$ 350 mil, que contemplaram os custos para a integração da solução com o sistema ERP, a aquisição dos dispositivos e os custos mensais da plataforma. Mas a diretora já antevê uma significativa redução de custos com a adesão ao sistema.
“Esperamos ter baixo custo com manutenção dos dispositivos, pois como os equipamentos não tem sistema de impressão há menor custo com as manutenções. Na unidade Viralcool Castilho tínhamos o custo médio de R$ 360 mil reais anuais apenas com estes tipos de manutenções”, afirma Cláudia, que já avalia a possibilidade de que a ferramenta DT Faceum possa atender a outras demandas da empresa.
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“De início vamos utilizar somente o reconhecimento facial para marcação do ponto, mas sabemos que a Dimastec está aperfeiçoando o aplicativo para os clientes utilizarem também na entrega de EPIs e apontamento de produção agrícola”, ressalta.
Para Dimas Fausto, presidente da Dimastec, uma das vantagens da adoção do aplicativo, é que ele está sempre em evolução, de acordo com as necessidades da empresa onde está sendo implantado.
A ferramenta também proporciona um ambiente de confiança e segurança no armazenamento de dados, atendendo o que preconiza a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados)
“O DT Faceum: está hospedada na AWS, garantindo total segurança cibernética conforme os padrões de governança da legislação“, afirma Fausto. “Nossa plataforma oferece não apenas uma experiência excepcional, mas também proteção avançada. Com serviços de backup e segurança integrados, que asseguram total tranquilidade para as usinas, graças a nossa tecnologia de ponta e medidas robustas de proteção, que estão revolucionando a gestão no setor“, finaliza Fausto.
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