O governo federal vai exigir que as usinas geradoras de energia elétrica “adotem” áreas de preservação ambiental, como parques e reservas indígenas, destinando parcela da tarifa cobrada dos consumidores para atividades de conservação que serão fixadas em contrato.
As geradoras atuais, que já pagam taxas para preservação, precisarão se adequar, mas ainda não se sabe como.
“O empreendimento estará acoplado a um grande parque, a uma grande reserva indígena com um projeto que tenha o interesse de preservação ambiental”, afirmou o diretor brasileiro da Itaipu binacional, Jorge Samek.
A decisão do governo, tomada ontem pelos ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e de Minas e Energia, Edison Lobão, é “carimbar” os recursos para parques específicos e assim suprir carências administrativas do Ibama com a falta de funcionários e equipamentos.
Na terça-feira, Minc havia exposto essa idéia numa entrevista coletiva.
Aparentemente, seu colega Lobão não havia tomado conhecimento dos planos da área do meio ambiente, pois se disse surpreso com as declarações de Minc, ao ser informado delas, poucas horas depois.
“Eu não sei em que ele está se baseando para fazer essa proposta”, afirmou Lobão.