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Usina Itaguassu apresenta projeto a vereadores de Bataguassu

No último dia 24 de abril o diretor da Itaguassu, Francisco Lima, e o gerente de projetos da empresa, Ivar Garcia da Silveira, reuniram-se na Câmara Municipal de Bataguassu para apresentar aos vereadores o que pretendem fazer no município com a instalação da usina.

O fortalecimento da economia local, o trabalho social e a consciência ecológica são os pilares de sustentação do projeto que, segundo eles, será modelo para o país.

Conforme resumiu Francisco Lima, a criação de 2500 empregos diretos resulta no aumento do consumo e, conseqüentemente, no aumento da arrecadação; o que gera crescimento. Além disso, a política econômica da empresa consiste no incentivo à abertura de outras empresas no município, criando o chamado cinturão de fornecedores. “Sempre daremos preferência às empresas locais, observando, é claro, o melhor preço”, explica Francisco.

Na área social a Itaguassu implantará o ‘projeto caminhar’, voltado para os trabalhadores e estudantes locais. É composto por duas fases distintas onde os candidatos às vagas oferecidas pela empresa passam por um rigoroso processo de seleção, que vai desde o treinamento seletivo remunerado, até a realização de concurso interno. “Queremos utilizar o máximo da mão-de-obra local, para que não haja, nem o êxodo nem uma explosão demográfica. Para isso vamos investir na qualificação profissional”, disse Francisco informando, ainda, que só serão contratados trabalhadores que tenham segundo grau completo.

Os diretores da Itaguassu garantiram que uma das maiores preocupações da empresa é com a preservação do meio ambiente. “Não haverá desmate ilegal”, afirma Ivar Garcia. Segundo ele todos os percentuais de reserva legal serão respeitados e a empresa utilizará as mais modernas tecnologias para o tratamento de efluentes. A nascente do Córrego Quebracho – que fica próximo ao local de instalação da indústria – será recuperada, e uma audiência pública será realizada para que a comunidade possa debater os impactos ambientais.

A previsão para o início de operação é para o ano de 2009. Estima-se que em sete anos a empresa estará operando na sua capacidade total que será de 4 milhões de tonelada de cana moída. Até 2010 a Itaguassu produzirá apenas o álcool e o primeiro açúcar bataguassuense chega ao mercado em 2011. Dentro de aproximadamente quatro meses haverá um centro de distribuição de açúcar na cidade: o décimo da empresa.

Incluindo o plantio da cana e a construção do parque industrial a empresa investirá R$ 600 milhões de reais em Bataguassu: R$ 30 milhões ainda este ano.

A Prefeitura, que apóia integralmente o projeto, dará como contrapartida a aquisição de um terreno de 100 hectares, localizado na fazenda Santa Rosa, onde a indústria será levantada.

Preocupados com os impactos que um empreendimento deste porte poderá causar na cidade os vereadores questionaram os diretores da indústria e o Prefeito sobre os setores de saúde, educação e habitação. Segundo o prefeito João Carlos isso dependerá do aumento populacional. “Como a empresa tem programas voltados para a absorção da mão-de-obra local, fica difícil prever, mas já estamos trabalhando para aumentar a oferta dos serviços essenciais”, disse ele. Em relação a saúde Francisco Lima explica que todos os trabalhadores da Itaguassu, inclusive de serviços gerais, terão plano de saúde.