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Usina é modelo por irrigação por gotejamento

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Representantes do grupo Zillor, estiveram na quinta-feira, 28 de junho, visitando a Della Coletta Bioenergia (DC Bio) junto com fornecedores e prestadores de serviço para conhecer o sistema de irrigação por gotejamento.

O sistema está implantado em 200 hectares de uma de suas propriedades rurais produtora de cana.Estiveram presentes também na visita técnica ao local, representantes da empresa Netafim e da Irriga responsáveis pela instalação de todo o sistema.

O engenheiro agrônomo, Márcio Rogério Della Coletta, diretor agrícola da DC Bio explica que esse tipo de investimento é novidade para o setor nessa região do País.“Devem ter mais um ou dois sistemas desses implantados para atender as necessidades da lavoura canavieira, é sim um projeto pioneiro e inovador”, garante.

A empresa instalou o sistema em uma fazenda adquirida recentemente pela usina e que anteriormente era utilizada para o cultivo da laranja e também utilizava o sistema de irrigação por gotejamento. “A gente adaptou algumas coisas, mas boa parte precisou ser refeito já que as necessidades de cada lavoura são diferentes”, explicou.

Márcio Coletta avisa que em dois anos a empresa vai poder avaliar com precisão os benefícios desse investimento. “A aposta é numa maior produtividade da cana em torno de 30% e numa longevidade bem maior para o canavial”, conta.

De acordo com o diretor agrícola da empresa, a expectativa é de que a cana plantada e irrigada com esse sistema tenha mais cortes, o normal para um canavial cultivado no método tradicional são cinco cortes, já o cultivado com sistema de gotejamento promete entre oito e nove cortes.

O sistema de gotejamento é todo controlado por equipamentos de ponta, que liberam a quantidade certa e que a soqueira necessita para ter um desenvolvimento superior, segundo a empresa. “Os canos que conduzem a água pela lavoura estão enterrados a 20 cm de profundidade e possui um sistema de travamento que impede o entupimento dos orifícios que liberam a água”, diz o especialista.

Os canos que levam a água também são utilizados para aplicação dos defensivos agrícolas que protegem a planta de pragas e doenças parasitárias. De acordo com Márcio Coletta, as chuvas atípicas nessa época do ano atrapalharam o início da operação do sistema. “Se o tempo estivesse seco, o que seria normal para essa época do ano, o sistema teria sido acionado e como temos 200 hectares irrigados e outros 200 não irrigados na mesma propriedade a diferença no desenvolvimento da cana já poderia ser notada.Um investimento desse gira em torno de R$ 7 mil por hectare”, informou Márcio Coletta.

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