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Usina desperta voluntariado no interior de SP

A Agroindustrial Oeste Paulista, do Grupo Petribu, tem despertado o espírito de voluntariado na comunidade de Monte Aprazível, cidade onde está instalada no interior de São Paulo. São inúmeros projetos sociais, dentro e fora da usina, e anualmente lidera campanhas para auxiliar as entidades da cidade. O projeto de 2003 é promover a construção da APAE rural.

A APAE da cidade atende gratuitamente em período integral 103 alunos, de recém nascidos a 73 anos, e a grande dificuldade da entidade é a falta de espaço. “A sede da entidade no centro da cidade, não comporta ampliação. O refeitório está pequeno para todos os alunos. Além disso, a falta de espaço dificulta os atendimentos, as aulas de educação física, arte culinária e computação”, lembra a diretora da APAE, Vera Nilce Regiani Pereira.

Vera explica que há dez anos o estado não libera verbas para reforma. A entidade já possuía um terreno de 3793 ha, próxima a cidade, mas necessitava de recursos para iniciar a construção avaliada em aproximadamente, R$ 100 mil. “Eu sabia que a Usina estava disposta a desenvolver um novo projeto social em 2003, procurei a gerência da unidade, e dentre 15 projetos, a APAE foi escolhida. Quando demos a notícia aos alunos, eles vibraram”.

Márcia Bastos Rodrigues, gerente de recursos humanos da usina, diz que o projeto já conseguiu arrecadar 35% para a construção, através de doações em dinheiro dos parceiros.

A APAE rural terá campo de futebol gramado, bosque, pomar, horta, piscicultura, suinocultura, criação de galinhas, coelhos, bezerro e paisagismo. “Tudo foi conseguido com ajuda da comunidade. Inclusive conseguimos uma parceria com a Escola Técnica Agrícola”, enfatiza Márcia, que lidera o projeto junto com Patrícia Petribu, diretora de RH da Usina.

Darci Garcia Junqueira, de 73 anos, aluno da entidade, diz que o prédio atual da escola é muito pequeno. “Há poucas mesas para servir o almoço, fica todo mundo em um beco apertado”, garante.

Nos dias 5 e 6 de dezembro, será promovido o bazar beneficente “Brechó Chic”, que oferecerá à cidade roupas novas e semi-novas, calçados, além de uma lanchonete. “Estamos recebendo doações de toda a região. O bazar tem dois grandes objetivos: oferecer produtos baratos para a comunidade, principalmente na época do Natal e arrecadar fundos para a construção”, explica Márcia.

O próximo passo é promover um jogo de futebol beneficente com presença do cantor Daniel.

Creche foi revitalizada e ganhou uma brinquedoteca

Considerado um trabalho pioneiro, a Creche Cemei “Ena Peixoto Junqueira”, que mantém 60 crianças na faixa etária de 3 a 5 anos, foi revitalizada pela Agroindustrial Oeste Paulista e parceiros, além de ganhar uma brinquedoteca.

Segundo Márcia Bastos, além de revitalizar a creche, o objetivo deste projeto foi desenvolver uma consciência do trabalho voluntário junto aos funcionários. “Os funcionários abraçaram a causa, fazendo mensalmente doações de alimentos não perecíveis. Para a criação da brinquedoteca, foi desenvolvido uma parceria com alunos do colégio Dom Bosco que doaram mais de 500 brinquedos”.

Para Maria Oraide Jacinto, diretora da creche, a iniciativa da Usina foi ótima pois a situação estava precária, a estrutura física degradada, sem pisos, paredes emburacadas, riscadas, dificuldades financeiras. Sem parceiros nós não conseguiríamos fazer a reforma, foi uma atitude maravilhosa da Usina”, lembra.

De acordo com o aluno da creche, Adrian da Silva, de 6 anos, as crianças brincavam com os buracos da parede. “Agora estou muito feliz, minha mãe fala que gostou e que a creche ficou novinha. Gosto de brincar com o robozinho que fala e estou gostando de vir para a creche”, diz.

Márcia lembra que a unidade estava realmente degradada e a idéia foi criar na brinquedoteca um espaço lúdico para que as crianças pudessem fantaziar, sonhar e viver.

Márcia explica que o trabalho além de despertar a auto-estima dos funcionários da creche, viabilizou a produção de pães e roscas para as crianças através das doações dos alimentos, entre outros.

Além deste projeto, a unidade também desenvolve um processo de inclusão social. Em outubro último, Edna Malerba, de 32 anos portadora de deficiência física nos membros inferiores, foi contratada pela empresa como recepcionista. Essa foi a primeira oportunidade de emprego de Edna. O próximo objetivo é contratar também alunos da APAE.

A gerente de recursos humanos diz que a empresa trabalha com o desenvolvimento pessoal, capacitação e treinamento dos colaboradores; tem uma escolinha de informática na unidade; matém três alunos carentes em um conservatório de música; tem programa de estágio experimental, com possibilidades de contratação; e uma parceria entre a usina e a Escola Técnica Agrícola abriu vagas para estágio no laboratório para técnicos em química, entre outros. “Acho que a responsabilidade social deve começar dentro da usina, para ser disseminada para a comunidade”, finaliza Márcia.