Depois de colocar sua primeira unidade de cogeração de energia em funcionamento em 2006, na usina de Tapejara, o Grupo Santa Terezinha começa a investir na construção da segunda, em Paranacity.
A previsão é de que sejam investidos cerca de R$ 200 milhões, com recursos próprios e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), na ampliação da capacidade de moagem da unidade e na construção da subestação de energia, segundo o diretor do grupo, Paulo Meneguetti.
O projeto prevê o início do fornecimento de energia elétrica para uma das companhias distribuidoras de energia, dentro do Sistema Interligado Nacional (SIN), a partir de maio de 2009. Serão disponibilizados na rede 20 MW/h, além do volume produzido para consumo próprio. Em Tapejara, a usina fornece para a rede 38 MW/h, operando com a capacidade total de 50,5 MW/h.
Nesta primeira etapa, em 2008, Paulo Meneguetti diz que o grupo está investindo na ampliação agrícola e industrial visando aumentar a capacidade de produção da unidade de Paranacity. O volume de cana-de-açúcar moído, que passou de 1,922 milhão de toneladas para 2,158 milhões na safra 2007/08, deve aumentar para 2,3 milhões na safra em andamento e chegar a 2,7 milhões de toneladas de cana no período 2009/10, volume necessário para atender ao projeto de co-geração de energia.
A partir de 2009 começam os investimentos na construção da casa de força, ao lado da estrutura já existente para a produção de álcool e açúcar, e na compra dos turbo-geradores, linha de transmissão, subestação de elevação e toda infra-estrutura física de apoio.
A co-geração de energia, a partir da queima do bagaço da cana-de-açúcar, é uma das alternativas de exploração econômicas que tem atraído a atenção das usinas e destilarias do Paraná por otimizar o aproveitamento do bagaço, que já é feito para a geração de vapor e energia para a própria indústria.
Para Meneguetti, a cogeração de energia pode ser uma oportunidade interessante de agregar valor a produção e faz parte dos estudos de expansão do Grupo Santa Terezinha. Mas ele ressalta que a co-geração de energia por si só, no cenário atual, não justifica que sejam feitos investimentos, se esta não estiver integrada a um contexto de expansão da produção de álcool e açúcar. “Não há incentivo para cogerar energia”, diz.