Começou a vigorar a obrigatoriedade do B5 – uso de 5% de biodiesel no diesel -, este mês. A Usina de Biodiedel de Quixadá vai ter sua capacidade de produção ampliada em 90%. Com isso, o empreendimento vai atender a 4% da demanda nacional do B5, o que representa um terço do que o Nordeste pode oferecer
Andreh Jonathas
07 Jan 2010 – 02h34min
Agora é obrigatório o uso de 5% de biodiesel na mistura do diesel. A Usina de Biodiesel de Quixadá, de propriedade da Petrobras, vai ter a capacidade de produção ampliada em 90%, para produzir, já em 2010, 108milhões de litros do produto. A usina vai atender a 4% da demanda nacional para o B5, o que representa um terço do que a Região Nordeste pode oferecer do biocombustível.
“O projeto de aumento de capacidade, que envolveu parceria da Petrobras Biocombustível com o Centro de Pesquisa da Companhia (Cenpes), avaliou a capacidade dos equipamentos instalados e revisou processos industriais para efetuar os ajustes necessários. Não houve necessidade de investimentos estruturais“, informa o gerente da Usina, João Augusto Paiva.
O empreendimento localizado no Sertão Central do Estado projeta viabilizar a nova capacidade de produção e consolidar o programa de suprimento de oleaginosas para, em pouco tempo, ter matéria-prima usada do próprio Ceará. Atualmente, os suprimentos são importadas basicamente do Piauí, Maranhão e Bahia.
Questionado sobre quando a usina vai produzir biodiedel a partir da mamona, Paiva diz que já está mais próximo. “Já dominamos a tecnologia e a comprovamos na usina de Candeias. O uso da mamona na produção é uma questão de disponibilidade e preços compatíveis“, explica.
“A Petrobras acabou de concluir, dia 15 de novembro, o processo tecnológico que permite à empresa produzir biodiesel com de óleo de mamona, dentro das especificações técnicas da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis)”, lembra.
E detalha: “O trabalho foi desenvolvido pelo Centro de Pesquisa da Petrobras (Cenpes) na Usina de Guamaré, no Rio Grande do Norte, em regime de operação contínua e garantiu à Petrobras o domínio completo da tecnologia para a produção de biodiesel a partir da mamona. O biodiesel foi obtido com uma mistura de 30% de óleo de mamona e 70% de óleo de girassol, ambos produzidos pela agricultura familiar nos programas de suprimento de oleaginosas da empresa”.A utilização da mamona como matéria-prima para a produção de biodiesel também já ocorre na usina de Candeias, na Bahia. A unidade fez a primeira entrega de biodiesel com óleo de mamona no dia 30 de novembro de 2009.