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Usina de Angola impulsiona novos investimentos

A região de Pungo Andongo, município de Cacuso, na província de Malange, localizada em Angola deverá ganhar em breve novas usinas de açúcar, etanol e bioenergia. Essa é a previsão de Paulo Hebo, administrador regional de Pungo Andongo. Para ele, um dos atrativos da região, é o potencial dos recursos hídricos devido à existência da barragem hidroelétrica de Kapanda, a maior do país.

De acordo com o administrador, a chegada da Biocom, usina que deverá produzir cerca de 250 mil toneladas de açúcar, 30 milhões de litros de etanol e 160 mil MW de energia com a queima do bagaço de cana, deverá ser um incentivo para novos investidores. “Na região existe uma fábrica de transformação de milho e de cereais, e vários outros investimentos. Mas queremos incentivar a produção atual e dessa forma, surgirão novas unidades fabris”, lembra o administrador.

Paulo Hebo explica que a Biocom segue na fase de plantio de cana-de-açúcar e a montagem das suas fábricas para a transformação da produção local.

Segundo ele, uma empresa chinesa também investe no local e as obras começam no próximo ano. A região conta com 23 associações de camponeses, distribuídas por todas as aldeias e bairros, para além de outros grupos organizados que se dedicam à pesca fluvial, caça e reprodução animal.

A Biocom, usina que a Odebrecht está construindo em Angola, terá a mesma tecnologia avançada utilizada pela ETH Bionergia e contará com investimentos na ordem de US$ 260 milhões em quatro anos. A Odebrecht terá 40% da empresa, o grupo angolano Damer terá outros 40% e a petrolífera estatal da Angola ficará com os outros 20%. A Biocom tem a concessão das terras, que pertencem ao estado, para plantar cana-de-açúcar em 30 mil hectares, dos quais 25 mil hectares serão utilizados para o plantio e outros 5 mil hectares para reserva e pretende no início abastecer o mercado interno do país.