A reportagem do JC apurou que um empresário do ramo da agroindústria canavieira estaria interessado em instalar uma usina de álcool na região de Bauru. A prefeitura de Agudos (18 quilômetros de Bauru), através do prefeito, José Carlos Octaviani (PMDB), mostrou interesse em abrigar a usina de álcool.
Segundo o presidente do Sindicato Rural de Bauru, Maurício Lima Verde, que também é vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp), no início do mandato do prefeito Tuga Angerami (sem partido) ele teria, junto com o Secretário da Agricultura, entrado em contato com um representante da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Única) que teria mostrado interesse em instalar uma usina de álcool na região.
“Nós estivemos lá no início do mandato do Tuga acompanhado do Secretário da Agricultura e ele falou que precisava de um diagnóstico de Bauru e depois disso houve uma parada. Não houve mais interesse e puseram uma pedra em cima do assunto”, lembra Lima Verde.
De acordo com ele, levantou-se agora a possibilidade de outra cidade abrigar a usina de álcool. Procurado pela reportagem do JC, o prefeito de Agudos, José Carlos Octaviani (PMDB), disse que não hesitaria em desapropriar uma área no município para que a usina fosse instalada naquela área.
“Se for preciso desapropriar alguma área aqui para (instalar) a usina eu meto a caneta e desaproprio”, diz, ressaltando os benefícios que a usina traria para a cidade.
“Essa usina não traz só emprego, ela traz um dividendo muito grande de impostos. Em muito pouco tempo, a prefeitura receberia de volta (o investimento) na forma de impostos”, conta.
A pedido de Octaviani, Lima Verde estaria intermediando uma conversa entre a Única e o empresário interessado em investir na região. Esse encontro, segundo Lima Verde, deve ocorrer na próxima semana.
“Eu estou indo a Brasília mas até quarta ou quinta-feira eu fiquei de dar um retorno para ele e ver com será feito este primeiro encontro”, comenta.
Na opinião de Lima Verde, a Única é uma entidade bastante representativa no país e as negociações podem se feitas, em princípio, através dela. “Eu acho que é a entidade mais forte do País porque grandes usinas estão filiadas a ela. Ela é a interlocutora do governo”, conclui.