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Usina de álcool aumentará arrecadação municipal, diz Dagoberto

Mesmo sem um formato ainda definido sobre a reedição da lei que proíbe a instalação de usinas de álcool nos municípios próximos ao Pantanal, o secretário de Produção e Turismo, Dagoberto Nogueira, defende a proposta de mudança para que esses municípios – 30 no total – possam ser desenvolver mais.

“Municípios como Pedro Gomes, por exemplo, que já chegou a ter 12 mil habitantes hoje está com cerca de três mil”, diz Dagoberto, que chegou a conclusão, por meio de estudos comparativos, que a implantação de usinas de álcool nessas regiões representaria aumento da arrecadação, geração de emprego e evitaria o “esvaziamento” populacional.

O secretário tomou como base o município de Sonora, na divisa de Mato Grosso do Sul com Mato Grosso, onde a usina de álcool passou a operar antes da proibição por lei, vigente há pelo menos 25 anos. “O município expandiu e hoje tem arrecadação maior que Coxim”, afirma Dagoberto.

O projeto tem causado discussão em torno de possíveis danos ambientais. O secretário de Produção e Turismo, porém, garante que a tecnologia empregada hoje permite desenvolvimento sem degradação. “As pessoas temem que o vinhodo seja jogado no rio, hoje isso não acontece; o vinhodo é aproveitado como adubo e até o bagaço da cana é queimado para produzir energia. O que era jogado antes hoje é reaproveitado, gera lucro”, explica.

Ainda como sustentação da proposta, Dagoberto diz que a cana evita o assoreamento do rio Taquari, que margeia a maioria dos municípios onde deverão ser implantadas as usinas. “Prova disso é a situação em que se encontra o Taquari na região de Sonora, onde há usina”, diz o secretário. Segundo ele a raiz da cana protege mais o solo e é replantada a cada seis anos, diferente da raiz da soja, cultura difundida na região, que é replantada todo ano, tem raiz profunda e quando chove leva toda terra para o rio.