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Usina Corol tem plantações de vida longa e bom rendimento

A Usina Corol — unidade de negócios da Cooperativa Agropecuária Rolândia Ltda —, de Rolândia (PR), conduz as socas com tanto cuidado que consegue obter rendimentos surpreendentes: canaviais com 8 ou 9 cortes chegam a produzir em torno de 98 toneladas de cana por hectare. A produtividade, que ficou, na última safra, em 92.68 toneladas (com 9.2 cortes), está estimada em 96 toneladas (com 9 cortes) para 2.003. “Mas, devemos fechar com 8% acima da previsão”, calcula o engenheiro agrônomo Jair Bernardi Zerbinati, chefe do Departamento Técnico Agrícola da Usina. Com a colheita, nesta safra, de 1.924 hectares, até o início de julho, a Corol estava mantendo uma média de 113 toneladas por hectare. “Esse número deverá cair um pouco por causa da maior concentração da colheita, no começo de safra, em canaviais novos”, explica.

De modo geral, as estatísticas têm sido positivas na usina de Rolândia. “Com o replantio de soqueiras no terceiro ou quarto corte, pretendemos chegar a onze cortes por canavial”, prevê Zerbinati.

Mas afinal, o que impulsiona na Corol o rendimento e a longevidade das plantações de cana para o topo, acima da média nacional? “Além do solo argiloso, bastante fértil, cada produtor cuida muito bem do seu pedaço de terra, seguindo as orientações”, responde o engenheiro agrônomo, que coordena o trabalho de assessoria técnica para os 125 produtores — associados da Cooperativa —, que possuem 185 propriedades.

Do total de 8.189 hectares de área de plantio, 1.658 estão em nome da Usina e da Cooperativa. E a maior parte dessas terras — aproximadamente 1.500 hectares – são de solo arenoso e cumprem uma função estratégica. “Quando chove, não realizamos operações em canaviais com solo argiloso, para minimizar os risco de compactação”, esclarece Zerbinati. O enleiramento da palha, que não é queimada, a utilização do cultivador modelo São Francisco e alguns procedimentos específicos na adubação são apontados pelo Chefe do Departamento Agrícola, como medidas que melhoram a produtividade. “Nas socas, fazemos 55% da adubação, durante a tríplice operação, no cultivo e 45% no final do perfilhamento”, observa.

No canavial após o corte, a preocupação da usina de Rolândia – que faz a colheita manual – é com o tempo de espera da cana queimada na lavoura. “Procuramos utilizar a cana em 48 horas, considerando o tempo gasto entre a queima e a industrialização. Para isto, fazemos o manejo da colheita, deixando o mínimo de estoque no campo”, diz. Para que não ocorra perda de ART e nem haja contaminações, a engenheira agrônoma Rafaela Rosseto, do Instituto Agronômico, diz que a cana não pode ficar muito tempo parada na lavoura, porque se estiver muito quente começa a se decompor em 36 horas. Com temperatura mais baixa, o limite fica entre dois e três dias.

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