A usina Agrovale, do Vale do São Francisco, comemora a primeira moagem de cana utilizando o ozônio para clarificação do açúcar, em substituição ao enxofre. Segundo o superintendente industrial da usina, Leozildo Pedrosa, a qualidade do produto continua a mesma, mas o sabor mudou, não apresenta mais o amargo e travo característicos do uso do enxofre.
Além do sabor, o superintendente industrial da Agrovale aponta ainda como resultado do uso do ozônio o PH 8,5 da água condensada, um sinal de que o açúcar está sendo produzido sem adição de produtos químicos. Outro aspecto positivo foi a redução de mão-de-obra com operação. “Como o ozônio é aplicado por meio de máquinas, dispensamos o uso de armazéns e a mão-de-obra que era empregada no processo de queima em forno tornou-se desnecessária”, explica Leozildo Pedrosa.
Cerca de 70% de cana esmagada pela usina Agrovale é da variedade RB-92579, que possui excelente rendimento agrícola, cerca de 250 toneladas por hectare. “Com o uso do ozônio, não tivemos qualquer dificuldade em clarificar o açúcar”, avalia Leozildo Pedrosa.