Mercado

Unidades goianas lideram aprovações no Proinfa

Antenados nas movimentações de mercado, os empresários e lideres do

setor sucroalcooleiro goiano ampliam o seu espaço. Segundo informações do Sifaeg, os produtores de Goiás tiveram proporcionalmente o maior êxito, no País, em aprovação de projetos de cogeração, a partir da biomassa, na primeira etapa de habilitação do Programa de Investimento de Fontes Alternativas de Energia – Proinfa. “Apesar de serem responsáveis por apenas 4% do total de cana produzido no Brasil, as unidades do Estado conseguiram 20% do total de projetos, o que representa mais de 18% da potência instalada autorizada”, observa Igor Otto.

Mesmo as usinas que não obtiveram aprovação ou ainda não encaminharam seus projetos para o Proinfa, estão investindo pesado em cogeração. O

Grupo Antonio Farias preparou as suas unidades goianas – Anicuns e Itapaci -, que aguardam a segunda chamada no programa, para a geração de 30 MW cada uma. A Jalles Machado, de Goianésia, está ampliando a sua cogeração de 14 MW para 30 MW.

“A cogeração das unidades produtoras de açúcar e álcool pode suprir a redução de oferta de energia durante o período de seca”, diz Otávio Lage de Siqueira, presidente da Jalles Machado. Além disso, o crescimento industrial no Estado é outro forte aliado para o aumento de demanda.

No rastro dos nichos de mercado, as usinas de Goiás correm atrás da ampliação de seu mix.

Algumas delas, como a Jalles Machado, chegam a inovar. Essa usina de Goianésia construiu uma planta para a fabricação de produtos especiais, como limpavidro; álcool detergente neutro, com várias flagrâncias; limpador multiuso; lava-louça Clear, fabricado exclusivamente para o Carrefour. “A meta é conseguir, com esses produtos, 10% do faturamento global da empresa”, afirma Jardel Pereira de Almeida, coordenador de marketing. A usina faz ainda o açúcar orgânico e açúcar especial extra, com 100 a 120 de cor. A divulgação e consolidação da marca Itajá – tanto para açúcar como

para álcool doméstico – é outra prioridade da usina.

Apesar de considerar a comercialização no País como o principal mercado de açúcar e álcool, as unidades produtoras estão atentas às negociações com outros países. “Estamos nos preparando para a

produção de álcool neutro ou especial”, admite Maurício de Nassau Gomes da Fonseca, diretor industrial do Grupo Antonio Farias.

Confira estas e outras informações sobre o setor em Goiás, na edição de Julho do JornalCana.