A Usina Petribú estima processar 1,5 milhão de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2009/10, para produção de 150 mil toneladas de açúcar, sendo 100 mil toneladas de VHP e 50 mil toneladas de cristal. A indústria também deverá produzir 22 mil m³ de etanol anidro.
A unidade tem capacidade diária para moer 9 mil toneladas de cana para produção de 1.000 toneladas açúcar cristal e 200 m³ de etanol anidro. A potência instalada para geração de energia a partir do bagaço da cana é de 69MW. Esse desempenho é possível por conta de uma série de investimentos que foram feitos para garantir a eficiência industrial.
Em 2001, quando ocorreu o racionamento de energia elétrica e o risco do apagão, a Petribú iniciou os investimentos em geração de vapor e energia. Com o objetivo de obter melhor eficiência térmica a partir do bagaço, foram adquiridas duas caldeiras de alta pressão, cada uma com produção de 150 ton/h de vapor, operando a uma pressão de 63kg/cm² e a uma temperatura de 470°C.
Uma nova casa de força foi construída, com três turbogeradores, sendo um de 25MW, acionado por turbina de condensação, e dois geradores de 22MW cada, acionados por turbinas de contrapressão. “Dessa forma se obtêm um menor consumo de vapor para gerar 1 KW/h”, observou Jorge de Petribú.
Os equipamentos de preparo e as moendas foram eletrificados. As turbinas de baixa eficiência térmica foram substituídas por motores elétricos de alta eficiência. No desfibrador foi instalado um motor de 3.000 HP. Cada terno das moendas recebeu um motor de 1.200 HP.
No processo de fabricação de açúcar e etanol, foram realizadas modificações nos setores de aquecimento, evaporação, cozimento e destilação. O objetivo foi reduzir o consumo de vapor, tornando o processo mais econômico.
Para se obter um condensado de melhor qualidade para alimentação das caldeiras, foram montados dois evaporadores de 3.500 m² cada, onde o vapor escape das turbinas de alta pressão é utilizado na evaporação do condensado do 1° efeito, não havendo risco de contaminação no sistema de alimentação das caldeiras. Também foram instalados dois sistemas para produção de água desmineralizada, com uma capacidade de 150 m³/h.