Em seu primeiro levantamento da safra 2004/05, a Unica (União da Agroindústria Canavieira de São Paulo) estima que o Centro-Sul irá colher 319,9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, volume 6,86% superior aos 299,4 milhões de toneladas da safra anterior. Esse crescimento é resultado do aumento da área a ser colhida em 323 mil hectares, ou seja, uma expansão da ordem de 9,16%. Em São Paulo – que representa mais de 60% da produção brasileira de cana –, a previsão é de aumento de 7,66%.
O crescimento da área não se refletiu completamente na oferta de cana devido ao envelhecimento dos canaviais e às condições climáticas, que reduziram a produtividade. Em algumas regiões, as chuvas foram insuficientes para garantir o desenvolvimento pleno nos momentos mais necessários, o que deverá resultar em redução de produtividade agrícola de 2 a 3 toneladas de cana por hectare, em relação à safra 2003/04, e de 1% no teor de açúcar, para 148 kg de ATR (Açúcar Total Recuperável) por tonelada de cana.
A tendência para a safra 04/05 é de equilíbrio entre a produção de açúcar e álcool, ao contrário da anterior, ligeiramente mais alcooleira. A produção de açúcar no Centro-Sul está estimada em 22,6 milhões de toneladas, 10,3% acima dos 20,4 milhões do período anterior. Ainda está previsto crescimento de 1,9% na produção de álcool anidro (misturado à gasolina) de 8 milhões de metros cúbicos para 8,2 milhões de metros cúbicos, enquanto o hidratado poderá chegar a 5,1 milhões de metros cúbicos, 1,3% acima dos 5 milhões de metros cúbicos da safra anterior.
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Em relação às exportações, a expectativa é de crescimento tanto para o açúcar como para o álcool. No caso do açúcar, a previsão é de menor oferta mundial, diante da queda na produção em países asiáticos e na União Européia. Para o álcool, a tendência é de embarques maiores diante do crescente interesse internacional.
Em São Paulo, mesmo com o aumento de 7,84% na moagem de cana na safra 03/04, para 207,6 milhões de toneladas, em comparação com os 192,5 milhões de toneladas da safra anterior, o setor sucroalcooleiro obteve faturamento 9,32% menor, de R$ 11 bilhões, em comparação com os R$ 12,13 bilhões da safra anterior, diante da queda dos preços do açúcar e do álcool no ano passado.
