A equipe de analistas da Unibanco Corretora iniciou a cobertura do setor de açúcar e etanol recomendando a “manutenção” dos papéis de Cosan e São Martinho.
A justificativa do banco é que, apesar das perspectivas positivas para o setor, a farta produção da safra 2007/2008 continuará a exercer pressão negativa sobre os preços no mercado internacional neste e no próximo ano.
EmpresaCódigoRecomendaçãoPreço-AlvoUpside*CosanCSAN3ManterR$ 33,0034,69%São MartinhoSMTO3ManterR$ 27,5037,43%*Em relação à cotação de fechamento do pregão de 24 de setembro
Com isto, a corretora acredita que este não seja o melhor momento para os papéis de ambas as empresas.
Açúcar como combustível
O Unibanco projeta que os preços do açúcar se recuperem no início da safra 2009/2010. Índia e Brasil devem manter-se como maiores produtores globais do produto.
Assim, com o Brasil mantendo a ponta entre os produtores mundiais da commodity, a corretora avalia que o driver da indústria de processamento de cana no país será o mercado alcooleiro, desde que consumo de açúcar, tanto na esfera doméstica quanto na internacional, cresça a taxas moderadas.
A expectativa é que a demanda por etanol do mercado brasileiro absorva a expansão da produção de açúcar no país nos próximos 5 anos.
Barreiras ao progresso
Outro fator abordado pela Unibanco é a dificuldade em comercializar o etanol brasileiro no mercado internacional.
A corretora acredita que o investimento em logística de exportação será decisivo para diminuir a distância entre as regiões produtoras e os potenciais consumidores globais, o que daria competitividade ao etanol brasileiro no mercado mundial de combustíveis.
Enquanto o acesso aos mercados externos é limitado pela deficitária estrutura logística, no ambiente interno o Unibanco avalia que o etanol também deve crescer em competitividade, desta vez perante a gasolina.