Os feirantes que possuem barracas na feira livre da cidade de União dos Palmares denunciaram que o início da moagem da cana-de-açúcar não promoveu o aquecimento esperado nas vendas.
Segundo os feirantes, desde o início da safra, em setembro, o movimento continua fraco. De acordo com a categoria, há semanas em que nenhum negócio é fechado. “Já tivemos dias onde nenhuma peça de roupa chegou a ser vendida. A crise está séria. As pessoas estão dando prioridade ao pagamento de contas antigas. Elas estão deixando a feira livre em segundo plano”, frisou a feirante Adeilda Oliveira.
Ainda de acordo com os feirantes, os trabalhadores rurais são os seus principais clientes e apesar de a feira livre no centro da cidade ser realizada durante quatro dias da semana, essa está sendo considerada a pior crise do setor.
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“Tinha gente que vinha de outras cidades comprar na feira de União, o que está deixando de ocorrer. O movimento só aumenta um pouco quando há o pagamento dos funcionários públicos”, frisou a comerciante Maria Amaro dos Santos, alegando que cada feirante paga ao município, pela locação do espaço da barraca, uma taxa de R$ 1,00. “Tem dia que não vendemos nada e ainda temos que pagar essa taxa pelo aluguel da área da barraca. A crise está séria mesmo”, frisou.
Os feirantes denunciaram ainda que em função da queda nas vendas, as viagens para renovar os estoques, na feira de Caruaru, estão se tornando raras. “Antes a gente viajava a cada 15 dias, agora, faz mais de dois meses que muita gente deixou de ir a Caruaru fazer compras. Não temos dinheiro”, desabafou José Raimundo, acrescentando que os feirantes estão apostando na chegada das festas de fim de ano, para aquecer os negócios.
