Apesar de ter seu regime de subsídios ao açúcar condenado internacionalmente, a União Européia (UE) quer agora que o Brasil explique como o Governo tem apoiado financeiramente a produção de etanol e açúcar no País por meio do Proálcool. Bruxelas vai aproveitar a revisão da política comercial do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC), na segunda-feira, para exigir respostas.
A avaliação da política comercial do País é uma oportunidade para que os governos de todo o mundo apresentem suas queixas e dúvidas em relação às práticas identificadas em uma economia. No caso do Brasil, a revisão ocorre a cada quatro anos e, por enquanto, centenas de perguntas e críticas já chegaram ao Governo.
Em relação ao pacote de queixas enviada pela UE, um dos pontos de destaque é o Proálcool. Os europeus não escondem que estão preocupados com a competitividade do etanol brasileiro. O temor seria tão grande que alguns especialistas europeus sugerem que se negocie na OMC cotas para as futuras exportações de etanol do País.
Além disso, Bruxelas argumenta que os subsídios do Governo teriam permitido não apenas a maior competitividade no etanol, mas uma explosão nas exportações de açúcar do País nos últimos anos.