Mercosul e União Européia marcaram reunião ministerial para 12 de novembro, em Bruxelas, uma semana antes da conferência da Alca, em Miami. Os europeus pretendem levar os dois blocos a avaliar como vêem o futuro das negociações de um acordo regional, após o fracasso da reuniãoda OMC, em Cancún.”Vamos examinar qual filosofia temos em comum, e se há filosofia para continuar as negociações”, disse ao Valor a porta-voz de Comércio da UE, Arancha Gonzalez. A porta-voz avalia que, nesse contexto, é “prematuro” tentar dar ênfase à questão agrícola no encontro de Bruxelas. Em documento interno, o diretor-geral de Comércio da Comissão Européia, Peter Carl, nota que o futuro das discussões “está longe de ser claro e torna-se necessário examinar, diante do fiasco de Cancún, qual o real interesse que os países do Mercosul dão a essas negociações”. Bruxelas não escondeu sua irritação, durante e após Cancún, com a liderança do Brasil no G-20, reclamando que o grupo jogou todas as responsabilidades de liberalização para os países desenvolvidos.Para o embaixador brasileiro junto à UE, José Alfredo Graça Lima, é indispensável que agricultura esteja presente na agenda da reunião, independentemente dos insucessos de Cancún. “Sem avanços na agricultura, o processo como um todo fica comprometido, por óbvias razões comerciais e políticas”. A UE alertou seus parceiros comerciais para não lançarem mão de agressiva rodada de contestações legais em relação aos subsídios agrícolas após o fim da Cláusula de Paz. Para Franz Fischler, comissário agrícola da UE, os parceiros devem decidir o que preferem: uma rodada de negociações de sucesso ou a pressão pelo fim dos subsídios.
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União Européia e Mercosul vão se reunir antes da Alca
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